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Estudo avalia alternativa de barateamento no cultivo da cana

Utilização do resíduo orgânico torta de filtro associado à adubação fosfatada promove aumento da biomassa


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Foto: João Paulo Barbosa Estudo avalia alternativa de barateamento no cultivo da cana
Ana Cecília durante a defesa pública de sua dissertação
Foto: João Paulo Barbosa Estudo avalia alternativa de barateamento no cultivo da cana
Banca examinadora: doutores Santos, Araújo e Moro
Foto: João Paulo Barbosa Estudo avalia alternativa de barateamento no cultivo da cana
Ana Cecília com os doutores Araújo, Moro e Santos


Resultados encontrados em estudo desenvolvido no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Agronomia da Unoeste apontam que a utilização do resíduo orgânico torta de filtro, em associação com a adubação fosfatada, pode ser adotada como prática pelos produtores, visando ganhos de produtividade e redução dos custos, possibilitando o uso de fontes de fertilizantes minerais mais baratas e reciclagem desse resíduo orgânico da indústria sucroalcooleira.

A pesquisa desenvolvida por Ana Cecília Teixeira de Lima Cremonezi, durante o mestrado, avaliou as fontes de fosfatos Superfosfato Simples (SS) e Fosfato Reativo de Arad (FRA) na adubação da cana-planta, que é cana-de-açúcar de primeiro corte, e seus efeitos residuais na produção da cana-soca, que é a do segundo corte em diante. Também avaliou o efeito da torta de filtro associada às duas fontes de fosfatos. A adubação fosfatada apenas com fonte solúvel apresentou maiores teores de fósforo no solo e na biomassa microbiana.

A aplicação de torta de filtro foi benéfica para o aumento da biomassa, incluindo fósforo microbiano e fósforo solúvel no solo, como também manteve o rendimento da cana semelhante nos dois anos avaliados. Não houve alteração do crescimento e rendimento da cultura quando se empregou as diferentes associações de adubos fosfatados, com ou sem torta; contudo, o tratamento apenas com fosfato solúvel apresentou queda de rendimento da cana soca quando se comparou com o rendimento da cana planta.

O experimento foi instalado em 2011 numa área de quatro alqueires, na Estação Experimental Agrícola da Unoeste (campus II). Foram oito tratamentos em diferentes proporções de ambas as fontes de fosfato e 20 toneladas de torta de filtro por hectare. As avaliações se deram quatro meses após o primeiro corte e dez meses depois, além da terceira, dois meses após o segundo corte. No laboratório de solo da universidade foram feitas análises de fertilidade, microbiológica, respiração da terra e fósforo microbiano.

Nos estudos também foram feitas avaliação de crescimento e rendimento da cultura, contagem de perfilios, diâmetro da base do colmo, altura da planta e comprimento, médio dos entrenós, rendimento de colmos, diagnose foliar e parâmetros tecnológicos. Todos os resultados foram submetidos à análise de variância, sendo as médias comparadas, cientificamente, em nível de 5% de probabilidade; conforme disse a autora da pesquisa a fazer a defesa pública de sua dissertação na manhã desta terça-feira (28).

Para o Dr. Diego Henrique dos Santos, convidado como membro externo para compor a banca examinadora e autor de seis pesquisas com torta de filtro, o experimento desenvolvido na Unoeste, orientado pelo Dr. Fábio Fernando de Araújo, foi bem conduzido, com várias avaliações, e um dos grandes méritos foi o trabalho de campo. Santos atua na Companhia de Desenvolvimento Agrícola do Estado de São Paulo (Codasp). O outro avaliador foi o Dr. Edmar Moro, vinculado à Unoeste.

Em sua apresentação, Ana Cecília disse que a pesquisa foi motivada pela expansão do setor sucroalcooleiro na região de Presidente Prudente e pela importância desse segmento no agronegócio brasileiro. No Brasil são produzidas 660 milhões de toneladas/ano de cana-de-açúcar, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sobre a safra 2013/2014. O cultivo ocupa 8,8 milhões de hectares. O Estado de São Paulo responde por 51% da produção nacional.

No mais, Ana Cecília levou em consideração o fato de que a adubação fosfatada na cana-de-açúcar tem merecido muita atenção da pesquisa nos últimos anos, objetivando a comprovação da eficiência no fornecimento de fósforo com redução de perdas ambientais e econômicas. Ao fim da defesa pública, houve a aprovação para que a autora do estudo receba o título de mestre em Agronomia, outorgado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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