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Pesquisa contempla seleção de precocidade sexual em bovinos

Maior número de variáveis morfométricas aumenta probabilidade da escolha de animais para melhor reprodução


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Foto: João Paulo Barbosa Pesquisa contempla seleção de precocidade sexual em bovinos
Alex Ariwaka Miyasaki durante defesa pública de dissertação
Foto: João Paulo Barbosa Pesquisa contempla seleção de precocidade sexual em bovinos
Banca examinadora: doutores Martins, Chacur e Vianna
Foto: João Paulo Barbosa Pesquisa contempla seleção de precocidade sexual em bovinos
Alex com os doutores Chacur, Martins e Vianna


Experimentos sobre precocidade sexual de bovinos normalmente são feitos sobre duas variáveis morfométricas: peso corpóreo e perímetro escrotal. Pesquisa recém-concluída vai além, avaliando estes e outros quatro atributos mensuráveis: altura de cernelha, perímetro torácico, comprimento e volume testicular. Este maior número de variáveis aumenta a probabilidade de acerto na seleção de animais sexualmente precoces, em melhores condições de reprodução.

Precocidade que reverte em benefícios para o agronegócio, com maior ganho de peso em menos tempo. Portanto, maior produção de carne. É o que todo produtor quer, com a redução do tempo de criação para o abate. Em criação extensiva no Brasil, a média é de quatro anos do gado no pasto. Quando se fala em precocidade, o interesse é pelo abate aos dois anos ou dois anos e meio. São explicações do Dr. Marcelo George Mungai Chacur, orientador da pesquisa que envolveu três grandes parceiros.

No Programa de Mestrado em Ciência Animal da Unoeste, os estudos feitos com a raça Brahman envolveram ainda a Unesp em Botucatu e a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), com sede em Uberaba, Minas Gerais. Pela primeira vez ocorreu a tripla parceria, sendo que entre as duas universidades já vem de algum tempo as relações entre pesquisadores. A pesquisa foi feita pelo médico veterinário Alex Arikawa Miyasaki, originário de Presidente Bernardes e com família em Presidente Prudente.

O objetivo do experimento desenvolvido em estudos nos últimos dois anos foi averiguar o crescimento corporal, do desmame aos oito meses até os 18 meses de idade. Através de medidas corporais buscou-se identificar a curva de crescimento corporal dos animais. Comparativamente, conforme o orientador, foram aplicados procedimentos semelhantes aos que fazem os pediatras a medirem a pesarem os bebês. Porém, com os bovinos houve a utilização de variáveis morfométricas que servem para auxiliar no melhoramento genético, demonstrando quais são os animais mais precoces sexualmente.

A lógica é a seguinte: se cresce mais cedo, ganha peso mais cedo, produz carne mais cedo e também se reproduz mais cedo. Fator importante em tudo isso é que a precocidade é hereditária. O animal precoce transmite suas características para filhos e filhas, promovendo o melhoramento genético do rebanho. Com relação à pesquisa, a maior importância está no fato de que agora existem alguns parâmetros que podem auxiliar na escolha de tourinhos mais precoces sexualmente, para atividade de reprodução no campo.

Outro dado relevante da pesquisa de Miyasaki é que, além das variáveis morfométricas, foi feita dosagem de testosterona que é responsável pela libido, com o estudo endócrino realizado em Botucatu, na Unesp.  O experimento resultou na dissertação “Relação do volume testicular com o nível sérico de testosterona e crescimento corporal em Brahman dos oito aos 18 meses de idade”, com a defesa pública realizada nesta quarta-feira (25) e avaliação pelos doutores Luís Carlos Vianna, da Unoeste, e Leonardo Francisco Martins, da Unipar. Miyasaki foi aprovado para receber o título de mestre em Ciência Animal, outorgado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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