Fipp inaugura inovador laboratório de teste de software

Um inédito laboratório de teste de software para a região de Presidente Prudente – o mais próximo é em Londrina (PR) – está instalado na Faculdade de Informática (Fipp) da Unoeste, o que proporcionará fomento ao mercado regional de programas de computadores, com redução de custos e mais confiabilidade, e incitação à realização de pesquisas. Este novo setor, junto a uma central de atendimento com certificação ISO 20000, faz parte da implantação da Central de Competitividade e Melhoria da Qualidade do Arranjo Produtivo Local (APL) de Software do Oeste Paulista, do qual a universidade é parceira desde o início, há quatro anos. O investimento para criar a central de competitividade é de em torno de R$ 60 mil.

Esse aporte de capital veio por meio de convênio da Prefeitura de Prudente – uma das cooperadoras do APL – com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo. Ao passo que o laboratório fica no bloco H do campus I, a central de atendimento é projetada na sede do APL, no centro prudentino. O professor da Unoeste, Francisco Virginio Maracci, foi o responsável por apresentar, aos empresários associados ao APL, os dois softwares de teste adquiridos: o Silk Test, da Borland, e o TestComplete Platform, da SmartBear – somente eles correspondem por quase R$ 40 mil do total subsidiado. O encontro foi ontem (2), no auditório da Fipp, e coube a Maracci explicar o funcionamento, pois a ideia surgiu de uma iniciação científica orientada por ele.

Emerson Silas Dória, coordenador de cursos da Fipp/Unoeste e integrante do comitê gestor do APL, acredita que as atividades no laboratório de teste de software comecem efetivamente em abril. “Os softwares específicos para testar outros programas de computador são produtos que não encontramos com facilidade em outros locais. E a empresa que usar o laboratório disponibilizará um produto, ao cliente, com uma garantia de que o software tem um certo nível de qualidade; a tendência é diminuir erros, evitando problemas de manutenção, reduzindo custos e dando ganho de competitividade com outras regiões”. Para os estudantes e docentes da Faculdade de Informática, Dória conclui que o benefício “é desenvolver pesquisas que ajudarão as empresas e na aquisição de conhecimentos a custo zero”.

Lígia Bagi Chelli, gerente de desenvolvimento da VCOM Tecnologia, vê a empreitada como altamente positiva, pois diz que o laboratório “será muito vantajoso, facilitará a realização de testes e, principalmente, a homologação dos sistemas”. A empresa na qual trabalha desenvolve programas para recuperação de crédito. “Hoje temos uma equipe que faz os testes de softwares manualmente, demora para liberar a versão para o cliente. Com o laboratório adaptado ao nosso sistema, os funcionários terão mais tempo para outras atividades e teremos mais segurança”, espera Lígia. Agora, após a reunião, os empresários definirão como ocorrerão os processos de utilização do laboratório por parte do APL, que atualmente tem 26 empresas participantes da governança e entre 70 e 80 associadas.