Experiências em extensão rendem elogios à Unoeste no Rondon

Habituado ao trabalho social no Brasil e no exterior, Masimo Della Justina manifesta admiração com a organização da Unoeste em relação ao envolvimento no Projeto Rondon. Chefe de gabinete da reitoria da PUC de Curitiba/PR, instituição parceira da universidade de Presidente Prudente na Operação Bororos em Acorizal (MT), o professor de economia e matemática avaliou como muito boa a oportunidade das duas instituições atuarem juntas num processo de plena integração.

Conforme Della Justina, a PUC incentiva quem tem função administrativa a participar de atividades sociais, como é o seu caso nessa instituição de ensino superior vinculada ao Instituto Marista. No campo da ação social, acumula experiências no exterior, sendo que dos nove anos vividos fora do Brasil, por mais de dois anos morou e prestou serviços numa favela africana, na Zâmbia. Com essa visão de mundo é que se manifestou admirado com a Unoeste na promoção da extensão vinculada ao ensino e à pesquisa.

O comandante da operação, capitão José Antônio Gomes da Silva, designado pelo Ministério da Defesa, em Brasília (DF), também enalteceu os serviços de extensão de ambas as instituições, especialmente por selecionarem bem suas equipes. Disse ser muito importante quando os professores têm o comando e não apenas acompanham os alunos. Para ele, a Unoeste e a PUC selecionaram boas equipes, fruto de prática de extensão. “No Projeto Rondon a seleção dos estudantes é fundamental”, comentou.

O prefeito de Acorizal, Arcílio Jesus de Cruz “Chindo”, também elogiou as duas instituições pela expressiva contribuição à cidade, que recebe a operação do Projeto Rondon, de 10 a 26 deste mês. Antepenúltimo no ranking dos 141 municípios mato-grossenses em recebimentos tributários, Acorizal é administrado com dificuldades financeiras, de tal forma que toda ajuda é bem recebida, conforme o prefeito. Dentre os benefícios prestados pelo Rondon, prevenção à saúde foi vista como contribuição significativa.

Mantido basicamente pelo Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Acorizal possui 180 servidores municipais e sua folha de pagamento é de R$ 300 mil por mês, sendo que os recursos de arrecadação e repasses são de R$ 750 mil. O maior número de funcionários está na área de saúde: 70. Porém, com extrema carência na área médica. São apenas quatro médicos para mais de 5 mil habitantes, dois contratados pela prefeitura, um cedido pelo governo federal e outro enviado pelo programa Mais Médicos, que é um cubano.

A maior empresa da cidade, instalada em setembro de 2013, é a PB Lainer do Brasil, que insere Acorizal no mapa como exportador de gelatina. A produção da multinacional com origem na Bélgica iniciou com 50% de sua capacidade instalada para ir aumentando gradativamente. A Lainer poderá gerar até 300 empregos, mas sua contribuição fiscal somente será sentida no prazo de cinco de anos da instalação por conta dos incentivos ficais. Porém, somente o fato de oferecer empregos já ajuda bastante, de acordo com o prefeito, que contou, ainda, que a Lainer também possui unidades fabris na Alemanha e na Argentina.