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Estudos sobre agropecuária são apresentados em Dia de Campo

Produtores, pesquisadores e acadêmicos viram na prática os resultados obtidos em pesquisas na Fazenda Experimental da Unoeste


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Foto: Gabriela Oliveira Estudos sobre agropecuária são apresentados em Dia de Campo
Dr. Frank Akiyashi Kuwahara falou sobre o manejo de bovinos de corte em uma pastagem de aproximadamente 15 anos
Foto: Gabriela Oliveira Estudos sobre agropecuária são apresentados em Dia de Campo
Amarildo Francisquini Junior destacou a eficiência da adubação fosfatada e do consórcio entre gramíneas e leguminosas (ILP)
Foto: Gabriela Oliveira Estudos sobre agropecuária são apresentados em Dia de Campo
Paulo Claudeir Gomes da Silva relatou os resultados obtidos com o Sistema Santa Ana (SSA)

Na Fazenda Experimental da Unoeste, localizada em Presidente Bernardes (SP), são desenvolvidos vários estudos que contribuem para a difusão de tecnologias que podem otimizar a atividade agropecuária no oeste paulista. Mais do que produzir ciência, essas ações trazem resultados que podem ser aplicados no dia a dia do pecuarista ou agricultor. Para que essas iniciativas sejam visualizadas na prática, a Faculdade de Ciências Agrárias da universidade promoveu, nesta sexta-feira (13), um Dia de Campo sobre Integração-Lavoura-Pecuária (ILP). A proposta marcou o encerramento do Simpósio de Ciências Agrárias de Presidente Prudente (Simcapp), com a presença de acadêmicos, pesquisadores e produtores rurais.

Neimar Rota Nagano, docente responsável pela organização do dia de campo, explicou que os acadêmicos do 7º termo de Agronomia foram responsáveis por toda a dinâmica do evento como recepção, planejamento e distribuição dos grupos. “Organizados em três turmas, os participantes conheceram quatro estações que foram apresentadas por docentes e alunos do Grupo de Pesquisa Agropecuária do Oeste Paulista (Gpagro)”.

Logo no início da propriedade, o Dr. Frank Akiyashi Kuwahara falou sobre o manejo de bovinos de corte em uma pastagem de aproximadamente 15 anos. Ele explicou que essa área de capim mombaça recebe adubação e manejo rotacionado, práticas que trouxeram resultados positivos. “Quando se refere à taxa de lotação, sabe-se que a média nacional no período de verão é de 0,9 unidade animal (Ua) por hectare. Aqui nessa área, apresentamos um número superior que chega até 7,5 unidade animal (Ua) por hectare. Outro dado interessante é em relação aos índices reprodutivos. A média nacional da taxa de prenhez varia entre 50 e 55%, sendo que nessa área pode variar entre 70 e 75%”.

Durante o trajeto em que foi possível conhecer as instalações da propriedade, o doutorando em Agronomia, Amarildo Francisquini Junior apresentou a estação sobre as novas alternativas de recuperação de pastagens por meio do consórcio entre leguminosas e gramíneas (ILP). Os dados expostos pelo pesquisador comprovaram a eficiência dessa combinação. “Durante 60 dias no inverno produzimos forragem que chegou até 5 toneladas de matéria seca. Nesse mesmo período em uma área sem adubação e integração a quantidade de matéria seca chegou a apenas 1 tonelada”.

O Sistema Santa Ana (SSA) também foi abordado em uma das estações, só que dessa vez, para demonstrar os resultados já obtidos com a integração. “O manejo bem feito sempre traz consequências positivas. Comparando a relação custo benefício de uma área em que foi feita a reforma de pastagem com grãos e forrageiras, obtivemos o valor líquido de R$ 1.430 por hectare/ano com grãos (ILP) e R$ 1,3 mil por hectare/ano com gado”, pontua Paulo Claudeir Gomes da Silva. Ele destacou ainda que o pasto recuperado proporcionou uma alimentação de qualidade ao animal, diminuindo a idade para reprodução. “A média nacional para cobertura é de 2 anos e meio a 3 anos. Aqui, reduzimos esse tempo para 1 ano e meio a 2 anos”.

Na última parada, os participantes do dia de campo conheceram um estudo sobre a adubação dos sistemas de rotação de culturas e a importância das forrageiras nos sistemas de produção, apresentado pelo Dr. Tiago Aranda Catuchi e pelo doutorando Wellington Eduardo Xavier Guerra. De acordo com Catuchi, essa pesquisa constatou que o cultivo da gramínea antes da soja, ajuda a promover o crescimento radicular dessa leguminosa. “Outro aspecto observado é que geralmente no inverno, o gado mantém ou perde peso por conta das condições de clima e de pasto. Já os animais pastejados nessa área, tiveram um desempenho melhor, ganhando até 900 gramas no mesmo período”, relatou Catuchi.

O produtor rural José Valdecir Cavaleti veio de Álvares Machado (SP) para participar da atividade. “Esse trabalho que a universidade realiza para o homem do campo é muito importante, pois é uma das únicas alternativas que temos para adquirir informações e conhecer novas tecnologias”.

Para a acadêmica do 2º termo de Medicina Veterinária da Unoeste, a iniciativa também foi bem interessante. “Me interesso pela área de grandes animais e, por isso, resolvi participar dessa atividade que possibilita ver ainda mais de perto os trabalhos desenvolvidos nessa propriedade”.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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