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Defensor do ex-policial Mizael Bispo abre Jornada Jurídica

Samir Haddad Junior falou sobre “O advogado, a mídia e a interferência dos meios de comunicação na formação da culpa”


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Foto: Gabriela Oliveira Defensor do ex-policial Mizael Bispo abre Jornada Jurídica
Samir Haddad Junior: “Sensacionalismo gera um clima de vingança social”
Foto: Gabriela Oliveira Defensor do ex-policial Mizael Bispo abre Jornada Jurídica
Cerca de 750 pessoas assistiram a palestra do conhecido advogado da área criminalista
Foto: Gabriela Oliveira Defensor do ex-policial Mizael Bispo abre Jornada Jurídica
Procurador do trabalho em Presidente Prudente, Cristiano Lourenço Rodrigues falou na manhã desta terça-feira (25)

Casos como o do ex-goleiro Bruno Fernandes, casal Nardoni, Suzane von Richthofen e do ex-policial militar Mizael Bispo de Souza tiveram grande repercussão na mídia brasileira. Especialmente o último citado, ficou marcado como o primeiro julgamento de homicídio transmitido ao vivo pela Justiça de São Paulo, em 2013. “Não há dúvidas de que a mídia contribui na formação da culpa de grandes casos como esses. Portanto, o advogado deve saber o que é melhor para o seu cliente, principalmente no que diz respeito ao assédio de todos os veículos de comunicação”. A afirmação é de Samir Haddad Junior, defensor de Mizael Bispo, condenado pela morte da advogada Mércia Nakashima.
 
Conhecido principalmente por essa defesa, o advogado criminalista participou, na noite desta segunda-feira (24), da abertura oficial da 27ª Jornada Jurídica da Unoeste, realizada no Salão do Limoeiro, campus II. Na ocasião, ele falou para cerca de 750 participantes da palestra sobre o tema “O advogado, a mídia e a interferência dos meios de comunicação na formação da culpa”.
 
Haddad Junior explica que a sua abordagem não teve o intuito de fazer uma conotação crítica ao trabalho da imprensa, mas sim, fornecer algumas técnicas para que os futuros advogados saibam lidar com a grande força que veículos como rádio, jornal impresso, televisão e as redes sociais têm hoje em dia. “A imprensa também pode nos ajudar na construção da imagem positiva do réu. Por isso, não devemos nos fechar como um caramujo, pois isso não vai diminuir o assédio da mídia. O que temos que fazer é nos tornar uma fonte confiável, para que assim, a situação em evidência seja mostrada por todos os lados envolvidos”.
 
A palestra promovida pelo curso de Direito da Unoeste também contou com a presença de acadêmicos de Jornalismo da Faculdade de Comunicação Social (Facopp).  Para esse público, o advogado dedicou uma fala especial. “Acredito que o trabalho sério da imprensa é fundamental para que haja um equilíbrio na divulgação de casos que causam grande impacto e comoção na sociedade em geral. O jornalista precisa ter muito cuidado na hora de averiguar uma notícia, ainda mais se for da área criminal, pois ele não pode ter o inquérito policial como uma verdade absoluta. É importante que seja ético, reporte os fatos e não coloque a sua ideologia na informação. Para mim, a imparcialidade é a essência desse profissional”. Haddad Junior lembra que o sensacionalismo é um perigo que se comete pela busca da audiência e é um dos grandes obstáculos para os advogados, principalmente os da área criminal. “O sensacionalismo pode deturpar a notícia e fazer com que a pessoa perca a credibilidade, pois joga com o senso popular de forma jocosa, sem elegância, gerando um clima de vingança social”.
 
Sobre o encontro na Unoeste, o advogado aproveitou para parabenizar a comissão organizadora do evento pela inserção dessa abordagem na programação. “Apesar de ter contemplado aspectos como a mídia e a advocacia, essa palestra também enfocou a prática forense. Fico feliz e espero ter conseguido passar com clareza as minhas ideias e vivências, como nesse caso do ex-policial militar Mizael Bispo de Souza”.
 
Ministério Público do Trabalho (MPT) – Em prosseguimento às atividades da 27ª Jornada Jurídica da Unoeste foi realizada, na manhã desta terça-feira (25), a palestra “A carreira do Ministério Público do Trabalho e os limites de sua atuação no Brasil”, conduzida pelo procurador do trabalho em Presidente Prudente, Cristiano Lourenço Rodrigues.
 
“O MPT é um dos ramos do Ministério Público da União, que cresceu muito nesses últimos dez anos. A interiorização desse ministério só começou em 2001, pois antes só existiam procuradorias do trabalho nas capitais”, discorre Rodrigues.
 
Para quem deseja trilhar esse caminho, ele afirma que é preciso muito amor ao Direito do Trabalho. “Isso é uma condição essencial nessa carreira que é promissora e satisfatória. Aos jovens estudantes que se identificam, oriento para que prestem inicialmente concurso para estagiários do MPT e, consequentemente, a prova para procurador do trabalho, que é muito conhecida pela sua dificuldade”, finaliza.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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