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Prudente reivindica do Estado centro de esclerose múltipla

Marília tem sido o lugar mais perto para usuários do SUS obterem receitas de medicamento de alto custo


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Foto: João Paulo Barbosa Prudente reivindica do Estado centro de esclerose múltipla
Cadastramento para fazer o mapa regional da esclerose múltipla
Foto: João Paulo Barbosa Prudente reivindica do Estado centro de esclerose múltipla
Dra. Maria Teresa: Unoeste e HR em prol da saúde pública
Foto: João Paulo Barbosa Prudente reivindica do Estado centro de esclerose múltipla
Participantes do Dia Nacional de Conscientização da Esclerose Múltipla

O portador de esclerose múltipla de Presidente Prudente e região – usuário do Sistema Único de Saúde (SUS), além dos problemas causados pela doença, tem se ausentado do trabalho, esperado pelo agendamento, enfrentado o desgaste físico e suportado o gasto financeiro de viagem para obter receita de medicamento de alto custo em cidades que possuem centro de referência. O mais próximo é em Marília, a cerca de 200 km. Motivos que resultaram na reivindicação do credenciamento para um Centro de Referência para o Tratamento da Esclerose Múltipla, junto ao Hospital Regional (HR) Dr. Domingos Leonardo Cerávolo, com o apoio da Unoeste.

O diretor do Departamento Regional de Saúde (DRS-11) Jorge Yochinobu Chihara recebeu a solicitação há dez dias e fez o encaminhamento à Secretaria de Estado da Saúde com o pedido de estudos sobre as providências legais e formais para obter o credenciamento. “O importante nesses casos, a meu ver, é a existência de recursos humanos. Isso já tem, com a parceria entre hospital e universidade. Não deverá ser difícil, mas vamos aguardar a orientação da secretaria para ter uma informação precisa”, disse Chihara ao participar da solenidade pelo Dia Nacional de Conscientização da Esclerose Múltipla.

Efeméride instituída em 2006 pela Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem), que transcorre no dia 30 de agosto. Porém, como este ano a data cai no domingo, a mobilização pela conscientização em Prudente ocorreu nesta sexta-feira (28), das 9h às 15h no HR. Começou com encontro para debater o assunto, num dos auditórios. Em seguida, foi iniciado oficialmente o mapeamento regional da doença, feito por estudantes da Faculdade de Medicina (Famepp) da Unoeste, acompanhado de professores e com projeto cadastrado na Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (Proext).

A professora médica neurologista Maria Teresa Fernandes Castilho Garcia entende que o mapa possibilitará ações mais pontuais junto aos pacientes moradores dos 45 municípios da área de circunscrição do DRS-11, muitos dos quais já recebem atendimento no Ambulatório de Especialidades (AME) do HR, com serviços que vão até o diagnóstico. A partir daí, a maioria tem se deslocado à Marília, enquanto alguns outros buscam tratamento em Ribeirão Preto ou Botucatu. Com a doença diagnosticada há dois anos, o corretor de imóveis Carlos Eduardo Marino se trata em Ribeirão.

Para Marino, a importância do centro em Prudente será facilitar o tratamento do paciente e contemplar a necessidade de urgência diante de um surto da doença. “Quando a gente passa pelo começo de um surto, o tratamento tem que ser imediato. Caso contrário, pode deixar sequela. É uma doença de difícil diagnóstico. Fazer tratamento distante é complicado, começando pela espera no agendamento. Depois, até chegar lá e ser medicado é um transtorno. Tem medicamento que é ministrado só lá. Então, o paciente precisa ficar internado, ainda que seja de um dia para o outro”, comentou Marino.

O diretor administrativo do HR Frei Jacó Silva disse que o hospital está credenciado como agente de atendimento, de pacientes encaminhados pelos centros de outras cidades, e mantém a Farmácia de Medicamentos Especializados. Agora, espera pelo credenciamento do centro. O médico Ênio Luiz Tenório Perrone, na condição de presidente da Câmara de Vereadores, anunciou que irá formalizar pedido à Secretaria de Estado da Saúde, reforçando a reivindicação do HR, em parceria com a Unoeste. A médica Maria Tereza manifestou-se surpresa com a resposta da população em relação ao mapeamento da doença e a busca pelo centro credenciado.

Não há ainda previsão de quando o mapa ficará pronto, mas se depender da mobilização dos envolvidos será num curto espaço de tempo. Além da ação desta sexta (28) no HR, a Liga de Neurociências da Famepp mantém contatos com portadores da doença pelas redes sociais e a direção da DRS-11 busca a colaboração das secretarias municipais de saúde. A esclerose múltipla é uma doença crônica do sistema nervoso central que afeta o cérebro e a medula espinhal, interferindo na capacidade de controlar funções como as de caminhar, enxergar, falar e urinar, entre outras. Dados da Abem indicam 35 mil brasileiros já cadastrados com a doença, com incidência maior em pessoas entre 20 e 50 anos de idade.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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