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Agronegócio e Lacração: dois lados da mesma moeda


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Já se comentou no passado recente sucessivas críticas ao agronegócio brasileiro, por pessoas que, inconscientemente, são beneficiadas por ele. Algumas até desconhecem, pois apenas replicam ou se manifestam, pelo simples fato de estar na moda. 

Há algum tempo uma importante instituição financeira nacional fez uma campanha publicitária, em que uma youtuber criticava indiretamente o agronegócio. O reflexo foi uma explosiva repercussão no agronegócio. As sucessivas campanhas internacionais, associando o agronegócio com a destruição da Amazônia, também rendeu notícias e ecos internamente.

Mas será o agronegócio este vilão mesmo? Possivelmente não. E o que a lacração tem com isso? Simples. Sem agronegócio, não tem lacração! Como assim?

Vejamos: o agronegócio hoje é imenso, sofisticado, tecnológico e colocou o Brasil no mapa do comércio mundial como protagonista. Afinal, a fome de um bilhão de pessoas depende do agronegócio brasileiro. Isso é suficiente para colocar o agronegócio no primeiro lugar da pauta de exportações brasileiras que, em conjunto com os minérios, faz o grosso das exportações brasileiras.

Outro ponto importante é que ao enfrentar o agronegócio, como está sendo feito em outras nações, impondo cotas, impostos e outras formas de tapar rombos do Estado, a primeira reação foi recolher as máquinas nos barracões. Não vale a pena produzir. Depois a paradeira geral da economia local e regional. Em seguida, a conta chega à nação. 

Sem o agronegócio nas exportações, as fontes de divisas caem. O resto já se sabe. Sem reservas em moeda forte, o Estado fica com menos fornecedores dispostos a vender, sem garantias de receber. Para evitar agravamento, começa a impor restrições, que se alimentam de expectativas e especulação. Por fim, começa a restrição de itens mais básicos. Combatendo o agronegócio, no final o lacrador fica sem acesso a smartphones, infraestrutura de comunicação, internet, etc. É o fim da lacração...

Para saber de um Brasil sem agronegócio, basta ver a história recente, do governo Sarney, quando as reservas mal davam para o emergencial do país. Com desabastecimento generalizado, inflação a 80% ao mês, e com a instituição de um termo seletivo, o qual limitava o acesso: “item supérfluo”.

Antes de alguém sair lacrando contra o agronegócio por aí, recomenda-se estudar comércio exterior antes.

Wilson Roberto Lussari é doutor e coordenador dos cursos de Gestão Comercial e Comércio Exterior do Núcleo de Educação a Distância da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista)

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