Doenças raras são focos de seminário em Brasília
A Unoeste esteve representada no seminário “Inovações em Saúde: o futuro das terapias avançadas no Brasil”, realizado em Brasília e promovido no último dia 2 pela indústria farmacêutica.
O que se deu em conjunto com o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Nacional da Aliança pela Saúde e pela Sociedade Brasileira de Genética Médica. O evento envolveu cerca de 50 pesquisadores e a Unoeste esteve representada.
A representação foi por intermédio do Núcleo de Avaliação em Tecnologias da Saúde (Nats) da Faculdade de Medicina de Presidente Prudente (Famepp), através da Dra. Édima de Souza Matos e do Dr. Luís Euribel Prestes Carneiro.
Foram convidados 15 Nats de 120 que existem no Brasil. O seminário propiciou aos participantes a ampliação do conhecimento sobre Terapias Avançadas e a oportunidade da Unoeste obter parcerias para eventos, pesquisas e patrocínios.
Expertise no diagnóstico
Os pesquisadores foram de todas as regiões do Brasil, escolhidos por suas participações e expertise no diagnóstico e tratamento de doenças raras, ainda pouco disponíveis à pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
As terapias avançadas têm como exemplos as terapias gênicas, celulares e de engenharia tecidual que representam avanço significativo no tratamento de doenças complexas como câncer e doenças raras. Mas, a implementação enfrenta desafios regulatórios.
Também enfrenta desafios de financiamento e infraestrutura. Então, o evento se propôs a debater essas questões, propor soluções inovadoras e traçar um plano de ação que garanta acesso equitativo e seguro aos pacientes brasileiros.
Médicos pioneiros
Entre os principais pesquisadores esteve a geneticista Dra. Ida Vanessa Doederlein Schwartz, presidente da Sociedade Brasileira de Genética Médica, uma das pioneiras em terapia gênica no Brasil.
A terapia gênica é uma técnica cada vez mais utilizada como única alternativa para o tratamento de algumas doenças genéticas, especialmente em países desenvolvidos; conforme contam os representantes da Unoeste.
Outra presença de destaque foi a do médico hematologista Dr. Renato Cunha, coordenador do Comitê de Equidade e membro do Comitê de Terapia Celular na Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular.
O Dr. Renato é um dos pioneiros no tratamento de pacientes oncológicos com células Cart-T, sigla em inglês para receptor quimérico de antígeno (Chimeric Antigen Receptor) e T vem de linfócitos T, células do organismo responsáveis por sua defesa.
Técnica no Brasil
Atualmente; na Fundação Osvaldo Cruz, o médico trabalha na padronização e desenvolvimento da técnica no Brasil a custos mais acessíveis. A terapia é uma técnica revolucionária inicialmente desenvolvida para tratamento de pacientes com câncer.
Porém, com o passar do tempo e mais atualmente vem sendo aplicada com grande sucesso para outras doenças como as autoimunes; de acordo com o que pontuam os participantes do seminário pela Unoeste com campi em Prudente, Jaú e Guarujá.
Também esteve presente o Dr. Natan Monsores, da Coordenação-Geral de Doenças Raras no Departamento de Atenção Especializada e Temática (Daet), da Secretaria de Atenção Especializada em Saúde (Saes), do Ministério da Saúde.