Adaptação à universidade e programas de acolhimento
A adaptação à universidade pode fazer a diferença na formação e na permanência dos estudantes no ensino superior?
O ingresso no ensino superior pode representar a realização de um sonho, uma meta de vida ou uma expectativa de futuro profissional. Esse momento é vivido por jovens que acabaram de concluir o ensino médio, por adultos que aguardaram o momento ideal ou desejam mudar de profissão. Em qualquer uma dessas situações, a experiência pode ser positiva, mas também desafiadora.
O início de um curso universitário pode vir acompanhado de diversas mudanças. Alguns estudantes precisam se deslocar diariamente para assistir às aulas, mudar de cidade ou residência, reorganizar as finanças, fazer novas amizades e se adaptar à dinâmica dos professores e ao formato de ensino. Essas transformações impactam não apenas o desempenho acadêmico, mas também a saúde física e emocional dos alunos.
Nessa etapa, o apoio de familiares e amigos é essencial. Além disso, o papel dos professores e da própria instituição de ensino é fundamental como parte da rede de suporte. Por esse motivo, a Unoeste, através do Programa de Pós-Graduação em Educação, PPGE, ligada à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, investe em pesquisas e atividades que buscam antecipar as necessidades dos estudantes e contribuir para que esse período seja o mais proveitoso possível.
A universidade promove atividades de acolhimento nos primeiros dias de aula, além de oferecer formações, palestras e, em alguns cursos, disciplinas específicas voltadas a auxiliar os estudantes a lidar com as novas demandas acadêmicas. Também dispõe de setores que atuam diretamente nesse processo, como o Sucesso do Aluno, que presta apoio contínuo às diversas necessidades dos estudantes. Já o Serviço de Apoio Pedagógico ao Professor (SAPP) está vinculado ao Núcleo Institucional de Desenvolvimento Pedagógico (NIDEP), que integra a estrutura da Pró-Reitoria Acadêmica. Esse conjunto oferece formações permanentes aos docentes, contribuindo para que estejam cada vez mais preparados para acolher mais e melhor os estudantes ingressantes. Esses recursos e setores fornecem não apenas informações sobre a estrutura da instituição, mas também promovem reflexões individuais sobre o processo de adaptação. Afinal, esse período pode ser desafiador, mas também é uma fase de grandes conquistas e aprendizagem pessoal.
Além disso, é importante destacar o papel das políticas institucionais de acolhimento, programas de tutoria e centros de apoio psicopedagógico, que contribuem diretamente para o bem-estar do estudante. A adaptação bem-sucedida está associada à criação de um ambiente inclusivo, que favoreça o pertencimento e a autonomia — fatores decisivos para a permanência e o sucesso no ensino superior.
Andressa Pereira de Souza é psicóloga, especialista em desenvolvimento humano e aprendizagem, doutora em Educação e professora no curso de Psicologia da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista).