“Eu sou 12 por 8” atende público interno e comunidade

Prevenção é a palavra-chave quando se fala em pressão alta. Diagnosticar a doença e tratá-la também é vital, uma vez que a hipertensão arterial é a maior causadora de derrames e complicações como infarto, isquemias e angina. Com o intuito de minimizar riscos à saúde e mostrar quais caminhos levam à qualidade de vida, mais uma vez a Unoeste e o Hospital Regional (HR) encabeçam a ação local da campanha “Eu sou 12 por 8”.

A cardiologista e professora de Medicina da Unoeste Margaret Assad Cavalcante alerta sobre os perigos da hipertensão, ainda mais pela característica assintomática que tem. “Se não fizermos essas campanhas para as pessoas saberem quanto é a pressão delas, não vão sentir absolutamente nada e vão ocorrer as complicações tardias”.

As atividades feitas na quinta-feira (26), de aferição de pressão e cálculo de Índice de Massa Corporal (IMC), foram conduzidas pelos cursos de Educação Física, Enfermagem e Medicina da Unoeste, residentes de Cardiologia e alunos do curso técnico em Enfermagem do Colégio Unoeste. Ocorreram nos campi I e II, na Praça Nove de Julho, em frente ao HR e ao Ambulatório Médico de Especialidades (AME) e nas seguintes unidades de Estratégias Saúde da Família (ESFs): Alvorada II e III, Cambuci, Humberto Salvador, Morada do Sol e São Pedro. “A principal novidade deste ano é levar prevenção e orientação para regiões com vulnerabilidade social”, destaca Alex Wander Nenartavis, professor de Medicina.

Pessoas com pressão alta detectada foram orientadas e, se necessário, serão encaminhadas para tratamento. Somente no campus II, 74 apresentaram pressão elevada. Para o estudante do sexto ano de Medicina Lucas Alexandre de Mello Gondin, é um índice elevado: 31% dos atendidos.

Os funcionários da Unoeste hipertensos receberão acompanhamento semanal na Medicina do Trabalho. “Estamos na terceira campanha e vemos que muitos reduziram peso, adotaram alimentação saudável e exercícios físicos”, constata Valéria Cristina dos Santos Rodrigues, assistente social do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (Seesmt) da Unoeste.

Emmanuel Bazan está com o coração tranquilo. O professor da área da Saúde é sedentário, mas explica o segredo de ter a pressão arterial em 12 por 8. “Como bem e tomo muito óleo de azeite”. No cardápio do dentista estão principalmente carnes brancas e sem gordura. Assim, nada de anormal foi encontrado no IMC dele. Um IMC que varia de 18,6 a 24,9 reflete pouco risco de doenças relacionadas à obesidade. Para calcular esse índice é preciso dividir o peso pelo resultado da altura multiplicada por ela mesma. Apesar de traçar um bom panorama, o professor de Educação Física, Leandro Alves da Cunha explica que o IMC não pode ser analisado isoladamente. “Pessoas muito fortes ou baixas têm que fazer avaliação do percentual de gordura”.

Diferentemente de Bazan, o segurança Washington Santos está entre os que apresentaram pressão elevada. A dele chegou a 14 por 11. “Há três semanas passei pelo exame de pressão arterial e estava normal. Mas como agora deu alta, vou procurar a Medicina do Trabalho. Não é a primeira vez que aparece o resultado alto”, diz. Murilo Grigoletto, aluno de Engenharia Civil, se deu bem e quase chegou à marca ideal. “Deu 12 por 7. Fazia tempo que eu não aferia a pressão, foi uma boa oportunidade a oferta desse serviço aqui na Unoeste”.

No dia do “Eu sou 12 por 8” ainda foram realizadas palestras conduzidas pelos residentes, professores de ginástica laboral e acadêmicos do 6º ano de Medicina. Houve sorteio de cerca de 200 camisetas da campanha.



Evite a hipertensão

A pressão alta pode ser hereditária, mas alguns hábitos ajudam a evitá-la:

- Faça exercícios físicos regularmente

- Tenha alimentação saudável: rica em frutas, verduras e legumes

- Evite comidas gordurosas

- Não extrapole no uso do sal

- Não fume e nem abuse da ingestão de álcool