Enfermagem aborda temas diversos no 12º Simpósio
Na última semana, o curso de Enfermagem da Unoeste, em Presidente Prudente, realizou o 12º Simpósio de Enfermagem. Neste ano, a conferência de abertura foi conduzida pelo major Diógenes Martins Munhoz do Corpo de Bombeiros de São Paulo acerca do tema “Da crise de ansiedade ao suicídio: manejo enfermeiro no atendimento pré-hospitalar”. O Teatro César Cava, no campus 1 da universidade ficou repleto de alunos, professores e profissionais interessados em discutir a temática. Além das palestras, o simpósio trouxe ao público apresentações culturais, troca de conhecimentos, debates e ainda a tradicional Cerimônia da Lâmpada que marcou o encerramento.
Para o Major Diogenes existe uma grande importância da Unoeste se preocupar com o tema discutido. “O adoecimento dos profissionais de saúde, ligados à área da urgência e emergência, é muito latente porque nós somos profissionais que lidamos com fatores de risco, são ocorrências complicadas, são casos diversos e que ao longo dos anos somatiza em diversos aspectos. Quando uma universidade se preocupa com saúde mental de seus bancos escolares faz com que você acenda uma centelha, para que esse profissional que irá lidar na fronte com casos reais, para que ele também se cuide. Ou seja, é o momento de cuidar do cuidador”, explicou o major.
O oficial possui anos de experiência no atendimento a pessoas em situações de risco de morte e destaca que as pessoas precisam entender o que é o autocuidado. “Realizar um simpósio como esse se faz necessário para que as pessoas tenham consciência do auto cuidado. E é isso que a gente fez aqui, especificando o quanto eles são importantes, o quanto são insubstituíveis e que também precisam se cuidar, não é só cuidar dos outros. Importantíssimo falar de saúde mental, de prevenção ao suicídio”, finaliza.
Para a coordenadora do curso de Enfermagem da Unoeste, Dra. Larissa Sapucaia Ferreira Esteves, a 12ª edição do Simpósio foi toda pensada e articulada pela Atlética e Diretório Acadêmico do curso, órgãos que representam os estudantes. “Eles fizeram um levantamento dos temas com a comunidade acadêmica do curso, sugeriram palestrantes e realizaram a organização do evento, desde divulgação até abertura oficial. Para tanto, a comissão organizadora conta com o apoio dos docentes e da coordenação do curso”.
Sobre a importância do simpósio, a Dra. Larissa pontua que desenvolver o protagonismo do estudante é uma meta institucional da universidade. “Além desse protagonismo, desenvolver neles também algumas habilidades gerenciais muito importantes para a profissão, como liderança, resolução de problemas e conflitos e comunicação. O simpósio tem como tema central "Uma imensidão de caminhos a seguir" e nessa edição conseguimos trazer vários ex-alunos que se tornaram referência na sua área de cuidado. Estamos discutindo desde a estética avançada até a classificação de risco na urgência e emergência. Trazer nossos ex-alunos é motivo de grande alegria e orgulho para nós”, frisou.
Programação
Além da palestra de abertura com o major do Corpo de Bombeiros, o simpósio abordou os temas “Emergências obstétricas: o enfermeiro no manejo das hemorragias”, conduzido por Maria Izabel Zanutto Oliveira (HRPP); “Enfermeiro e estética: os avanços na harmonização corporal”, pela Dra. Keyla Lima; “Residências, mestrados e doutorados: qual caminho seguir?”, por Danielle Stecca (Residência UTI HR de Mato Grosso de Sul), Nara Knoop (Residência Pediatria Pequeno Príncipe – Curitiba/PR, Mestrado Faculdade Peq. Príncipe) e Luiz Carlos Souza de Oliveira (Mestrado e Doutorado na USP Ribeirão Preto).
“Classificação de Manchester: tomada de decisão do enfermeiro emergencista”, foi tema trabalhado por Mickaela Carvalho Alves (HRPP - UPA); “Assistência de enfermagem no manejo da dor pediátrica: qual o limite da profissão”, pela Dra. Stela Faccioli Ederli; “O Enfermeiro no processo de doação e transplantes de órgãos e tecidos”, por Juliana Marquezi Pereira (Hospital Clínicas Faculdade de Medicina – USP); “O enfermeiro no cuidado neonatal: métodos de humanização e acolhimento familiar”, por Vanessa Pessoa Galvão Lescovar (HRPP); “Atuação do enfermeiro na comunicação de notícias difíceis: quando a morte chega para o paciente jovem”, pela enfermeira Carla Ribeiro da Silva Jesus (ONCOCARE) e, por fim, a Cerimônia da Lâmpada que lotou as dependências do Teatro César Cava na noite da última sexta-feira (11).