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Doutoranda faz parte do estudo em centro de pesquisa dos EUA

Pesquisa ocorre com maior aprofundamento nas culturas de células 3D em modelo de inflamação intestinal


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Foto: Cedida Doutoranda faz parte do estudo em centro de pesquisa dos EUA
Karolinny no Science and Technology Center

 

Na linha de pesquisa de doença inflamatória intestinal, projeto desenvolvido na Unoeste busca no Science and Technology Center, da Tufts University nos Estados Unidos, conhecimento e maior aprofundamento nas culturas de células 3D. O que é feito no doutorado sanduiche em Fisiopatologia e Saúde Animal pela aluna do Programa de Pós-graduação em Ciência Animal, Karolinny Cristiny de Oliveira Vieira, com bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação. A orientação brasileira é da professora doutora Lizziane Kretli Winkelstroter Eller e a norte-americana do Dr. David Kaplan.

A doutoranda está trabalhando com engenharia de tecidos, especificamente modelos intestinais, no centro de ciência e tecnologia. “Projeto de pesquisa focado na área de modelos de seda 3D, intestino in vitro e nanoparticulas. Além disso, acompanho diferentes experimentos nos laboratórios e posso aprender técnicas inovadoras utilizadas em cultura de tecidos intestinais”, conta Karolinny que está morando em Medford, município pertencente à região metropolitana de Boston e onde fica a sede da Tufts University. O estado é Massachusetts. Chegou em novembro do ano passado e o retorno ao Brasil está previsto para setembro próximo.

O centro abriga várias linhas de pesquisa, o que contribui para receber muitos estudantes estrangeiros. “Eu sou a única brasileira aqui. Então, todos os dias tenho convívio não somente com americanos, mas também com pessoas de outros países do mundo, como Alemanha, Itália, Espanha, Colômbia, França, China, Índia, etc. E isso é ótimo porque agora tenho vários países para conhecer e visitar o pessoal”, comenta e explica que possui rotina bem flexível, podendo adaptar seus horários de acordo com a demanda de trabalho.

Networking incrível

“Embora o horário de expediente aqui comece após 10h, geralmente gosto de iniciar as atividades por volta das 8h30, paro para almoçar com meu grupo de amigos às 12h, depois retorno aos afazeres e volto para casa no final da tarde. Todos os meses temos meeting com o grupo de pesquisa, para discutirmos sobre o andamento de cada projeto, apresentar novos resultados e as próximas etapas; o que proporciona um networking incrível”, diz e conta que, além dos estudos, tem encontrado tempo para vários momentos de lazer.

“Fui a um jogo da NBA, do Boston Celtics x Chicago Bulls, e também de futebol americano, em formatura de High School. Fiz tour por algumas universidades como Tufts, Harvard e Boston College. Comemorei o Thanksgiving Day [Dia de Ação de Graças] com grupo de amigos e o combinado foi de cada um levar um prato típico da culinária de seu país. Então, tivemos pumpkin soup e german kale salad, italian pasta, kimbap/korean sushi, e de sobremesa o nosso famoso brigadeiro. Foi maravilhoso assisti-los comendo brigadeiro pela primeira vez. A travessa ficou limpa em poucos minutos”, relata.

Foto: Cedida Karolinny em atividade de pesquisa
Karolinny em atividade de pesquisa

Apoio da orientadora

Karolinny conta que fez viagem com amigos e passaram um dia de neve nas montanhas de New Hampshire, assando marshmallows na fogueira, fazendo trilha na floresta, brincando em um lago congelado e cobertos de neve. A dizer que estudar em outro país sempre foi um dos seus maiores sonhos desde criança; afirma que encontrar a sua orientadora durante a jornada acadêmica foi muito importante. Comenta que a Dra. Lizziane foi uma das pessoas que a incentivou a viver essa experiência, por ter em sua bagagem vivência internacional. “Ela me ajudou e foi cuidadosa em cada detalhe para fazer tudo dar certo. Sou completamente grata por isso”, pontua.

“É uma situação tão nova, na qual você se encontra longe da família e amigos. O que faz com que fique mais forte em sua personalidade, confiando mais em si mesmo e sabendo que pode fazer tudo o que deseja alcançar. Hoje sou muito mais resiliente e paciente do que eu poderia imaginar ser”, revela. “O choque de cultura também fez com que tudo fosse visto de outra forma, pois estamos sozinhos do outro lado do mundo, e isso permitiu que criássemos laços fortes, como de uma família, sempre unidos e dando suporte um para o outro nos dias difíceis. A gente brinca, falando que `estarmos juntos´ é a nossa terapia”, diz.

Esforço e dedicação

“A comunicação em outra língua é mais um desafio gigante e tudo isso fez com que eu melhorasse e tivesse facilidade de me comunicar em inglês nas apresentações e em conversas de rotina. Tenho aprendido algumas frases em outros idiomas. Também trouxe o nosso jeitinho brasileiro de ser para todos. É muito importante que também tenho vivido aqui é o networking com pessoas de diferentes áreas, o que me permite aumentar os conhecimentos sobre a carreira acadêmica e no âmbito profissional. Então, reconheço tudo isso e sei que tem um valor significativo no meu currículo, pois também sei que, quando procurar emprego, esse tipo de experiência pode ser a chave para uma grande oportunidade”, acredita.

“Então, diante de tudo isso que tenho vivido, percebi que não tenho limites para realizar meus sonhos e alcançar meus objetivos. Embora tive facilidade na adaptação, vejo que sair da zona de conforto, chorar de saudade e abrir mão de alguns planos são sacrifícios que paguei para chegar onde estou hoje. Sei que através do meu esforço e dedicação pude chegar onde tanto almejei, e se eu quiser, farei tudo isso de novo, e quantas vezes eu quiser e puder”, diz sobre a sua autoconfiança. 

Trajetória na Unoeste

Karolinny fez o ensino médio na Escola Técnica (Etec) Deputado Francisco Franco, em Rancharia. Na Unoeste, em Prudente, fez a graduação em Nutrição; o mestrado em Ciências da Saúde e está fazendo o doutorado em Ciência Animal. São 5 anos de orientação da Dra. Lizziane que a tem como aluna muito comprometida e dedicada. “Desde o início incentivei a Karolinny a vivenciar a experiência de estágio no exterior e desde quando entrou no doutorado estava muito envolvida com este objetivo, estudando idioma e acompanhando a abertura de vagas nos editais”, conta a orientadora.

“O contato com o orientador do estágio no exterior, Dr. David Kaplan, se deu por e-mail e por vídeo-chamadas, e foi ele o escolhido devido o interesse em conhecer e aprofundar mais nas culturas de células 3D em modelo de inflamação intestinal. Tive oportunidade de realizar estágio no exterior por um ano, no Food and Drug Administration, e pude vivenciar a importância desta experiência no meu crescimento pessoal e profissional.  Hoje em dia o mercado exige profissionais diferenciados. A possibilidade no realizar estágio no exterior faz toda diferença, pois aprimora o idioma, estabelece contatos internacionais e enriquece o currículo”, pontua a Dra. Lizziane.

 

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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