Alunas pesquisam alterações bucais em bebês
Projeto avalia saúde oral de recém-nascidos; mães são orientadas com técnicas simples e informações de fácil entendimento

As acadêmicas do 5º termo da Faculdade de Odontologia da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) Nathália Amada Jesus e Roberta Konstanky Novaes participam desde o início de 2007 do projeto de iniciação científica que tem como objetivo observar as alterações bucais em recém-nascidos do HU (Hospital Universitário “Dr. Domingos Leonardo Cerávolo”). O intuito é catalogar os casos e orientar as mães sobre como proceder diante dos diagnósticos avaliados.
A iniciativa é um projeto de extensão da Clínica Ondonto-Bebê (Clínica de Odontologia Neonatal e Para Bebês) do HU e tem a supervisão da professora da Unoeste Luciane Gava Simioni. Aprovado pela Comissão de Ética do hospital, a atividade conta com a autorização e o apoio das mães, que, além de aprenderem um pouco mais sobre a saúde bucal de seus filhos, também são orientadas quanto à importância do aleitamento materno para o desenvolvimento da arcada dentária do bebê, a necessidade da higiene oral correta nos recém-nascidos, entre outros cuidados.
Para colher os dados necessários, as estudantes realizam visitas semanais em todos os leitos da Clínica de Ginecologia e Obstetrícia do HU. De acordo com elas, são analisados a cada semana cerca de 10 recém-nascidos. Dentre as alterações mais freqüentes, destacam o “nódulo de Brown”, que se forma a partir de tecido embrionário remanescente, mas que some com o tempo e na medida em que a região é massageada.
“As mães são bem receptivas e se mostram sempre dispostas a aprender mais sobre a saúde oral de seus bebês. Os casos mais comuns de alterações são os ‘nódulos de Brown’, por isso orientamos sobre uma técnica de massagem que a própria mãe pode fazer no seu bebê”, comenta Roberta.
Segundo ela, as mães também questionam sobre outros assuntos, como higiene, amamentação, riscos da mamadeira e da chupeta para a boa formação da arcada dentária, deglutição e desenvolvimento da fala.
“As visitas têm proporcionado vermos na realidade aquilo que aprendemos em teoria na sala de aula. Percebemos que as mães estão conscientes sobre os cuidados que devem ter com seus filhos, mas notamos uma certa dificuldade em colocar esses conhecimentos em prática. Por isso, aproveitamos para levar técnicas simples e informações de fácil entendimento”, ressalta Nathália.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste