Evento traz avanços no tratamento da insuficiência cardíaca
Palestra tem realização da Socesp, com parceria do curso de Medicina da Unoeste e Hospital Regional

Com o aumento da expectativa de vida e as melhoras nos tratamentos de doenças do coração, o número de casos de insuficiência cardíaca (IC) tem aumentado no Brasil. Por outro lado, houve um grande avanço no tratamento clínico. Para falar sobre esses avanços, a regional de Presidente Prudente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), em parceria com o curso de Medicina da Unoeste e o Hospital Regional (HR), promoveu na noite desta quinta-feira (17), palestra com o médico assistente da Unidade de Insuficiência Cardíaca (InCor) do Hospital das Clínicas de São Paulo, Dr. Victor Sarli Issa.
O evento reuniu médicos cardiologistas, residentes, acadêmicos da Unoeste e profissionais da Saúde. De acordo com o palestrante, a insuficiência cardíaca tem recebido mais atenção, principalmente pelo fato do tratamento ter melhorado. “O infarto de miocárdio, é um exemplo clássico, já que as pessoas, hoje em dia, conseguem ter um tratamento mais eficaz, ocasionando a diminuição da morbidade e mortalidade. Por outro lado, elas acabam tendo complicações mais adiante”, relata. Ele explica que um dos fatores do aumento é justamente a melhora dos tratamentos das doenças de base e o crescimento da população idosa.
Segundo o cardiologista, as classes de medicamentos que mais trouxeram benefícios aos pacientes nos últimos anos foram os betabloqueadores e os inibidores da enzima conversora da angiotensina. “Essas duas classes de medicação mudaram o prognóstico do paciente e a maneira de como eles se sentem”, afirma. Discorre que, hoje em dia, os profissionais estão encontrando alguns limites para o tratamento medicamentoso, e novas medicações estão surgindo.
“A grande área que tem sido aberta para o tratamento da IC é aquele que inclui o suporte ventricular mecânico – aparelhos usados para apoiarem mecanicamente o funcionamento do coração, ou até substituir artificialmente seu funcionamento”.
Insuficiência Cardíaca – O cardiologista explica que é uma síndrome, causada por um conjunto de sinais de sintomas que são comuns em várias doenças, ou seja, existem diversas patologias que podem se manifestar como insuficiência cardíaca. “Em geral é o momento mais avançado de diversas doenças, que tem como via final comum o fato de acabar determinando uma disfunção do coração”.
Apesar de ter várias causas, algumas são prevalentes: infarto do miocárdio, hipertensão arterial e doença de Chagas. “De maneira geral, a doença cardíaca acomete pessoas mais idosas porque elas vão acumulando mais fatores de risco ao longo de suas vidas, especialmente o diabetes e a hipertensão arterial, o que não descarta a possibilidade de os jovens serem acometidos”.
Prevenção – O palestrante classifica a prevenção em dois níveis: primária e secundária. No primeiro caso, abrange todas as pessoas que não têm nenhum problema de coração. Neste caso, a prevenção é o controle da pressão arterial, do diabetes, além de todas as medidas para a doença coronariana que acaba levando ao infarto do miocárdio. Com o aparecimento da lesão no coração, entra na prevenção secundária, onde o foco é evitar a progressão. “Para esse tipo se mantém tudo aquilo que vale para a primária, a diferença é que passamos a utilizar medicação específica”.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste