Professor de Música participa de Bienal de La Habana
Evento, em Cuba, teve participação de mais de 140 artistas de 43 países

O professor do curso de licenciatura em Música da Unoeste, André Luiz Gonçalves de Oliveira, participou da “Oncena Bienal de La Habana”, em Cuba, na última semana. Mais de 140 artistas de 43 países do mundo todo estiveram no evento, que é promovido pelo Centro de Arte Contemporânea Wifredo Lam, com o patrocínio do Ministério de Cultura do país. Conforme informações no site do Instituto Arte das Américas, a bienal, que ocorre desde 1984, abrange todas as expressões visuais do universo cultural do terceiro mundo (artes plásticas, artesanato e arquitetura) e congrega artistas, críticos, curadores, historiadores, galeristas, diretores de museus e professores de todo o mundo.
De acordo com Oliveira, um dos motivos de sua participação no evento foi para acrescentar em seu trabalho de doutorado em Arte e Tecnologia, na Universidade de Brasília (UnB). Em Havana, ele conta que seu grupo, com coordenação da professora Dra. Diana Domingues, foi convidado para ministrar um curso sobre Expressão Corporal, a partir da Imersão em Paisagens Sonoras, aos estudantes do Instituto Superior de Arte – Havana/Cuba (ISA). “Minha participação se deu na criação da obra e dos conceitos que a suportam. A peça instalada na exposição foi o resultado do curso que ministramos para os estudantes”. Os alunos fizeram oficinas através da recolocação da escuta e da ação corporal coletiva.
A experiência na bienal, conforme ele, também irá contribuir em sua atuação como docente no curso de Música da Unoeste, afinal, o professor afirma que teve contato com o melhor que há pelo mundo na área. “Compartilhar tal experiência é proporcionar aos alunos aspectos sólidos de formação profissional, na medida em que lhes dá informações sobre como as coisas acontecem nesse mundo real da produção artística”, avalia. Além disso, Oliveira aponta que o contato com artistas de vários países proporciona uma visão mais abrangente do que circula pelo mundo.
Curso na Bienal – O professor da Unoeste explica que havia sensores corporais que captavam dados do movimento dos participantes enquanto dançavam, e os mostravam graficamente e sonoramente, compondo a música que os fazia dançar. “O trabalho chama-se Ouroboros Biocíbriodo, em referência ao mito da serpente que se alimenta de si própria gerando um fechamento infinito. Esse mito aparece em culturas de diferentes lugares e tempos. Levamos as referências musicais dos mitos afro-brasileiros e buscamos pontes com os afro-cubanos. Buscávamos o estado de êxtase dos participantes enquanto dançavam ao som das músicas e desenhos que seus corpos compunham enquanto dançavam”.
O registro dessa oficina foi feito em vídeo e fotografias que estarão expostos no Gran Teatro Nacional, até o dia 11 de junho, como obra da Oncena Bienal.
Participantes – Coordenado pela professora, Dra. Diana Domingues, além do professor da Unoeste, o grupo foi composto pelos professores de Engenharia Biomédica UnB, Dr. Adson Rocha e Dr. Cristiano Miosso; do doutorando Henrique Debarba; da bailarina e professora de Artes Visuais na UCS (RS) Carine Turelli; e pelo bolsista em Engenharia de Softwares da UnB, Alexandre Barbosa.
Doutorado em Arte e Tecnologia – O professor da Unoeste conta que está finalizando o programa, sob a orientação da Dra. Diana Domingues. “Lá fundamos o Lart [Laboratório de Arte e Tecnociência]. Esse laboratório encontra-se vinculado ao programa de pós-graduação em Engenharia Biomédica na FGA – UnB/Gama”. De acordo com Oliveira, sua orientadora cobra resultados práticos. Por isso, durante o doutorado, além de cumprir a carga horária teórica, teve a oportunidade de produzir obras artísticas como experimentos de sua pesquisa. “No ano passado, entre outros eventos, nosso grupo foi convidado a participar da 29ª Bienal de São Paulo com uma obra na Mostra TransFronteiras Culturais, no Memorial da América Latina. Instalamos a obra Biocibrid Latin American Memorial”.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste