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Estudo evidencia a importância do psicopedagogo em hospitais

Atuação em equipe multiprofissional contribui para o desenvolvimento de crianças e adolescentes internados


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Foto: João Paulo Barbosa Estudo evidencia a importância do psicopedagogo em hospitais
Dra. Camélia Murgo e a autora do estudo Karina Smerdel

A legislação brasileira ampara crianças e adolescentes hospitalizados em regime de internação para que tenham atividades educacionais. Porém, a atuação do educador requer estratégias diferentes da rotina escolar. Aí entra o psicopedagogo e contribui para fazer a diferença junto a uma equipe multiprofissional.
 
Esta condição ganha evidência em estudo da professora da rede estadual de ensino Karina Silva Smerdel, orientada pela doutora em psicologia e ciência da profissão Camélia Santina Murgo, desenvolvido durante a Especialização em Psicopedagogia Clínica e Institucional, ofertada pela Unoeste.
 
Durante estágio supervisionado na Pediatria do Hospital Regional (HR) de Presidente Prudente foi possível constatar o quanto o psicopedagogo pode contribuir com o educador para uma aprendizagem significativa em ambientes diferentes do escolar, por ser um profissional capaz de oferecer um trabalho favorável ao desenvolvimento psíquico e cognitivo.
 
Vários dispositivos da legislação sobre direitos das crianças e adolescentes estabelecem, em tais condições, duas modalidades de ensino: classe hospitalar e atendimento educacional domiciliar. O objetivo é proporcionar atividades educacionais, inclusive mantendo relação com a escola do paciente.
 
Com ambiente de características muito diferentes do cotidiano familiar, escolar e comunitário, o hospital impõe uma rotina de acordo com o tratamento clínico, medicações, alimentação, regras e horários. Então, há um afastamento das atividades social, afetiva e cognitiva.
 
A internação por tempo indeterminado pode potencializar uma ansiedade, choro, perda de sono, medo, apego desesperado aos pais e estresse. “A hospitalização retira da criança todas as suas fantasias, limita o seu desenvolvimento cognitivo, afetivo, motor e social, que está vinculado ao processo da aprendizagem escolar”, pontua Karina.
 
As emoções causadas pela enfermidade e suas consequências ganham novas perspectivas mediante o desenvolvimento de atividades educacionais de aprendizagem. O paciente em idade escolar pode perceber que o período de hospitalização é passageiro e que irá retornar à sua casa, à escola e ao convívio social.
 
Sustentado em literatura pertinente e com as ações práticas, o estudo mostra ser fundamental a atuação do psicopedagogo para que o paciente/aluno não sofra a quebra de continuidade do desenvolvimento de suas competências e habilidades. Nesse aspecto são levadas em conta as particularidades de cada enfermidade.
 
Ainda que as relações mais estreitas sejam com o educador, o psicopedagogo tem o alcance da relação da criança ou do adolescente com a equipe multiprofissional formada por médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais, psicopedagogos, pedagogos e fisioterapeutas.
 
Conforme a autora do estudo, o psicopedagogo, enquanto parte da equipe multiprofissional, deve estar preparado para desenvolver atividades que auxiliem a aprendizagem sem prejudicar o tratamento médico. Enquanto mediador entre o educador e classe hospitalar, utiliza diferentes estratégias.
 
Entre outras atividades que são desenvolvidas estão brincadeiras, jogos, música, teatro e oralidade. São condições que ajudam a lidar com a adversidade no dia a dia, que pode ser aceita ou não através do autocontrole, especialmente no contexto hospitalar. Durante o estudo, Karina promoveu intervenção com dez ações na pediatria.
 
“É um trabalho diferente do que faz o educador no ambiente formal de ensino, porém com objetivos em comum: desenvolver as habilidades psíquicas, sociais, afetivas, motoras e cognitivas da criança ou do adolescente que se encontra em um ambiente adverso à sua rotina”, comenta.
 
O relato da experiência vivenciada do estudo foi submetido, aprovado e publicado pela Revista Psicopedagogia, vinculada à Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPP). De acordo com a Dra. Camélia, a publicação reconhece e valoriza a importância do estudo que evidencia a atuação do psicopedagogo no ambiente hospitalar.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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