Projeto Redenção busca gerar força ao agronegócio e turismo

O Projeto Redenção nasce com vigor e com a confiança de contribuir para promover o desenvolvimento socioeconômico na 10ª região administrativa do estado, formada por 53 municípios, com população de 891.056 habitantes. Iniciativa do Instituto Oeste Paulista, que é afiançada pela Associação Comercial e Empresarial de Presidente Prudente (Acipp) e outras 25 associações comerciais, apoiada pela extensão universitária da Unoeste e patrocinada pelo Sicoob Paulista.

Na manhã desta terça-feira (1º), em reunião na Acipp, com todos os protocolos de segurança sanitária e como parte das ações iniciais, foi apresentado o projeto de extensão “Designer Social – Transformando a vida da comunidade”, formulado junto aos cursos da área de design e com o envolvimento de nove professores e 38 alunos, tendo como supervisoras as professoras Mariangela Barbosa Fazano Amendola e Veridiana Cristina Teodoro Ferreira.

O Projeto Redenção trabalha com duas vertentes, que são o fortalecimento da agricultura familiar e o fomento ao turismo rural, religioso e de lazer. Como ponto de partida do agronegócio, foi escolhido o maior assentamento de reforma agrária do Brasil, chamado São Bento e apelidado de Pé de Galinha, localizado em Mirante do Paranapanema e que abriga 1.631 famílias. A imersão para conhecer a realidade do local e sua gente foi feita por vídeo, com depoimentos de assentados.

No vídeo apresentado, ficou claro o interesse coletivo sobre a contribuição para incremento das produções agrícola e pecuária, incluindo a instalação de laticínio junto à cooperativa de trabalhadores. Os depoimentos e as imagens servem como ponto de partida de elaboração da proposta de designer social voltado à transformação de vida das pessoas da comunidade.  Daí surgem as vertentes de ações da agronomia, de espaços da web, dos serviços de comunicação social e da arquitetura de moradias e afins, dentre outras.

Orientado pelo professor Neimar Rotta Nagano, o egresso do curso de Agronomia João Vitor de Andrade Filho, já tem atuado no assentamento na condição de filho de assentados. O professor Fabrício Mira, da Faculdade de Engenharia de Presidente Prudente (Fepp), trabalha com projeto de web. Pela Faculdade de Comunicação Social (Facopp), há o aluno de Publicidade Maurício Saraiva e os de Jornalismo Daniel Alvarez, Daniela Pereira e Luana de Souza, inicialmente acompanhados pelo professor Homéro Ferreira.

O estudante de Arquitetura e Urbanismo Tiago Bonfim contribui com seu estudo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) que contempla construções coletivas com uso de material e de técnicas da população assistida, de acordo com as duas necessidades de moradia e de espaços para armazenagem de produtos. A Dra. Luli Hata, que atua em diferentes cursos, entre os quais os de Design e de Arquitetura, também está dando a sua contribuição e participou da reunião.

Além disso, o portal do Projeto Redenção está sendo desenvolvido pela Faculdade de Informática (Fipp), com o envolvimento das alunas bolsistas Luana Porto Correia e Maria Beatriz Souza França, orientadas pelo professor André Augusto Menegassi e o coordenador Emerson Silas Doria.

O encontro foi conduzido pela educadora Paulina Paulino, juntamente com o coronel Silvio Saraiva e Rubens Afonso, presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Presidente Prudente e Região. A abertura foi feita pelo presidente da Acipp, Ricardo Anderson Ribeiro, que citou outras parcerias com a Unoeste, como foi a Caravana de Saúde durante dez anos, para dizer que o Projeto Redenção surge em condições de gerar força ao agronegócio e turismo.

Saraiva destacou a capacidade de produção dos assentados e Afonso chamou a atenção pela fala dos agricultores familiares, sempre usando palavras que remetem à atuação coletiva. Paulina fez vários apontamentos durante o encontro dialogado, no qual também falou do turismo.

Ao citar o turismo religioso, chamou a atenção para a organização sem ingerência do poder público e por iniciativa da igreja. O Projeto Redenção abraça essa causa dentro dos movimentos naturais, adotando a denominação de Caminho das Maritacas. Paulina conta que os caminhos estão sendo organizados e exemplifica o de Presidente Prudente a Santo Expedito, passando pelas capelas. É um assunto já tratado com o bispo diocesano Dom Benedito Gonçalves dos Santos, que abriu as portas. 

No encontro na Acipp, o pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão, Dr. Adilson Eduardo Guelfi, foi representado pela coordenadora de ações extensivas gerais da Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (Proext) professora Cidinha Martines, que fez uma exposição geral sobre o potencial das ações extensivas que forma o tripé do ensino superior juntamente com a pesquisa. Citou como exemplo os mutirões de saúde e outros serviços realizados em 2013 no Pé de Galinha e do Areia Branca, em Marabá Paulista.