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Notificação da dengue tem redução de 55,8% no estado de SP

Pesquisa realizada por aluno da Medicina mostra os efeitos da pandemia em relação aos números de caso de dengue em 2020; redução no país foi de 63,41% e em Jaú 48,45%


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Foto: Divulgação Notificação da dengue tem redução de 55,8% no estado de SP
Pesquisa apresenta redução no número de casos de dengue durante pandemia

Há mais de um ano que o assunto mais comentado na imprensa é o novo coronavírus. Não é para menos, afinal, trata-se de uma questão mundial e todos os esforços estão voltados ao combate da Covid-19. No entanto, nesse período, algumas doenças que estavam constantemente na mídia perderam o foco, como é o caso da dengue. Para fazer uma análise mais profunda do que aconteceu, o aluno João Lucas Contador Furtado, do 6º termo da Faculdade de Medicina de Jaú, desenvolveu a pesquisa “Os efeitos da pandemia em relação aos números de caso de dengue no estado de São Paulo e no município de Jaú”. 

De fato ocorreu expressiva redução no número de casos. Porém, acredita-se que o fato está ligado à subnotificação da dengue, já que muitas pessoas deixaram de procurar o serviço de saúde com receio do novo coronavírus. Em razão da relevância do tema, o estudo foi aprovado para ser apresentado pelo estudante no 1º Congresso Brasileiro de Parasitologia Humana On-line (Conbrapah), que ocorreu na noite de terça-feira (23). João Lucas também terá seu trabalho publicado nos anais do evento.

O futuro médico conta que o motivo da escolha pelo tema foi para analisar como estava o panorama da dengue no estado e no município de Jaú, pois o que antes era um assunto muito veiculado, durante a pandemia praticamente não se ouviu falar. “Queria entender melhor para poder abordar o assunto e alertar as pessoas sobre esse perigo, pois a dengue não deixou de existir só porque as pessoas estão ficando em casa, então ela não pode ser esquecida”, alerta.

João Lucas destaca que todos os dados do seu trabalho foram levantados junto aos Boletins Epidemiológicos da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, dos anos de 2019 e 2020; Centro de Vigilância Epidemiológica; e Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). A pesquisa mostrou que em 2019 foram contabilizados 1.544.987 casos de dengue no Brasil. Já em 2020 foram 979.764 casos prováveis; ou seja, uma redução de 63,41 %. 

No estado de São Paulo, o estudo também observou reduções importantes. Segundo dados do SINAN, em 2019 foram notificados 718.314 casos da doença, dos quais 400.856 foram confirmados. Já em 2020, o estado registrou uma queda de cerca de 55,8% no número de confirmações, sendo 384.815 notificações, das quais 185.849 foram confirmadas. Na cidade de Jaú, em 2020 houve redução de 48,45% em 2020 (909 casos), se comparado ao ano anterior. 

 “Essa redução, se de fato ocorreu, seria algo muito bom para a população, no entanto, infere-se que houve uma subnotificação desses casos, assim como também acredita o Ministério da Saúde. Tal redução não foi notificada nos bancos de dados, uma vez que a população está com medo de buscar atendimento nas unidades básicas e hospitais, temendo contrair o coronavírus. O que gera preocupação, pois as pessoas podem estar deixando de buscar atendimento, ou só procuram quando os casos já se agravaram muito”, reflete.

Foto: Cedida João Lucas Contador Furtado, do 6º termo da Medicina Jaú, representou a Unoeste no 1º Congresso Brasileiro de Parasitologia Humana On-line
João Lucas Contador Furtado, do 6º termo da Medicina Jaú, representou a Unoeste no 1º Congresso Brasileiro de Parasitologia Humana On-line

Congresso

O congresso de caráter técnico-científico é destinado a acadêmicos e profissionais que trabalham com parasitologia humana e tem por objetivo difundir o conhecimento, estimular o pensamento científico e discutir os temas atuais sobre parasitologia humana para o maior número de pessoas possível, incluindo também aquelas que estão distantes dos grandes centros do país e que enfrentam dificuldades para estar em eventos presencialmente.

De acordo com o futuro médico, qualquer estudante poderia se inscrever no congresso, no entanto os trabalhos após serem enviados, passaram por uma comissão para ter seu aceite ou não, o que gerou grande expectativa. “Confesso que fiquei ansioso para sair o resultado, e depois que vi que tinha sido aprovado, fiquei bem feliz, e na hora de fazer a apresentação deu um pouco de frio na barriga, pois foi minha primeira apresentação oral num congresso, mas felizmente deu tudo certo”, revela João Lucas.

O aluno menciona que para o desenvolvimento do trabalho contou com o incentivo e a orientação da professora Dra. Rita de Cassia Viveiros da Silveira Monteiro. “Ela me ajudou muito em todo o processo, ela foi me orientando em cada etapa, inclusive na formatação, para que tudo ficasse da forma adequada”, ressalta.

Para a professora, a participação em eventos científicos é uma ótima oportunidade para troca de experiências, divulgar e compartilhar o trabalho do pesquisador, se atualizar sobre determinados temas, além de trocar contatos e firmar parcerias com outros profissionais da área. “É extremamente importante para os alunos a participação nesse tipo de evento. Apresentar um trabalho científico e ter um resumo publicado em anais vai muito além de render um certificado, é uma grande oportunidade de o estudante mostrar seu potencial”, afirma.

Ela acrescenta que esse engajamento gera motivação para o curso e para a construção de pensamentos críticos. “São nesses eventos que o graduando começa a descobrir afinidades por determinadas áreas, se atualizar em determinados assuntos, e isso contribui no futuro para sua especialidade. Por esse e muitos outros motivos que os alunos da Unoeste são incentivados a desenvolver pesquisas científicas e participar desses eventos”, finaliza.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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