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Professor universitário na África faz doutorado na Unoeste

Bolsista da Capes manifesta encantamento com o Programa de Pós-Graduação em Educação e a instituição como um todo 


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Foto: Homéro Ferreira Professor universitário na África faz doutorado na Unoeste
Euclides Taquidir Gussule, professor na UniPúnguè e doutorando na Unoeste

Profissional da área de educação com trajetória bem interessante e história de vida de superação de ultrapassar os desafios socioeconômicos para se tornar professor universitário; buscar formação de alto nível no Brasil para ajudar Moçambique na busca de nova realidade educacional; e contribuir para melhorar a qualidade de vida e no desenvolvimento do seu país da África Austral. Euclides Taquidir Gussule está fazendo doutorado no Programa de Pós-Graduação em Educação da Unoeste, com bolsa de estudos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação. Trâmite que passa pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG), pela qual responde o Dr. Adilson Eduardo Guelfi.

Natural da província de Nampula, ao fazer o ensino médio, o certificado com notas altas em matemática possibilitou dar aulas no ensino primário e secundário, que no Brasil equivale ao ensino fundamental. Atuação com contratação pelo Ministério da Educação e Cultura de Moçambique, em momento de escassez de professores. Com o salário foi possível ingressar no ensino superior na Universidade Pedagógica de Moçambique – Nampula, onde formou-se em Planificação, Administração e Gestão da Educação, para atuar como gestor escolar.

Amigo e professora 

Porém, a docência falou mais alto e ingressou como professor de ensino superior na Universidade Púnguè (UniPúnguè) em Chimoio, a capital da província de Manica. Com o passar do tempo, outro amigo da graduação que também escolheu a carreira de professor, Jonas António Francisco que havia feito mestrado na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) contou que havia edital aberto para novos alunos. Euclides e o colega Victor Bassiano se inscreveram, foram aprovados e fizeram o mestrado em Educação no campus Pantanal, em Corumbá. 

Ao retornar à UniPúnguè precisava de pelo menos dois para obter autorização de se ausentar para fazer doutorado, o que acabou ocorrendo três anos depois. Novamente, obteve informação sobre edital por intermédio de Jonas que tinha o contato da professora Dra. Monica Fürkotter, por ter publicado artigo em revista científica da Unoeste. Euclides se inscreveu, foi aprovado e inicialmente, no segundo semestre do ano passado, fez duas disciplinas on-line, por orientação da coordenadora do Programa, professora Dra. Camélia Santina Murgo.

Educação especial 

A escolha de orientadora do projeto, na linha de pesquisa sobre políticas públicas e processos formativos, recaiu na professora Dra. Elsa Midori Shimazaki, por conta de sua expertise em educação especial. Euclides desenvolve a sua tese na área de inclusão de pessoas com deficiência, cuja escolha leva em consideração algumas fragilidades do ensino em Moçambique e que se tornam ainda mais críticas em se tratando na educação especial. Em Presidente Prudente desde outubro do ano passado, Euclides afirma ter sido muito bem acolhido na universidade e na cidade.

Até receber o edital, não sabia da existência da Unoeste em nem Prudente. Procurou informações no site da universidade e em sites de buscas. “Fiquei completamente satisfeito e surpreendido com a dimensão, mas quando cheguei a surpresa foi maior ainda. Fiquei mais encantado do que quando tive informações, vi fotos e assisti vídeos”, conta para dizer da beleza e da estrutura da Unoeste e de Prudente como cidade mais urbanizada que as da região onde mora na África. Ao elogiar os serviços públicos, destaca a educação e saúde. 

Compromisso social 

Afirma que se sente envaidecido em ser aluno de doutorado na Unoeste, por ser uma instituição que aposta no ensino, pesquisa, extensão e inovação; com professores muito experientes, com publicações científicas no Brasil e em vários outros países. Ao contar que em seu país o ensino público é pago, disse que só soube que a Unoeste era uma instituição particular quando estava de viagem para o Brasil. “Uma universidade particular que se preocupa muito com as desigualdades, ao contribuir com as classes mais populares”, diz no sentido dos serviços de extensão comunitária. 

“O ensino é muito forte, junto com a pesquisa e a extensão. Estou sentindo isso em sala de aula”, comenta para dizer que a nota 5 do Programa de Pós-Graduação em Educação, obtida em avaliação do Ministério da Educação, por si só é reveladora e de tamanha importância. Euclides afirma estar empenhado em aprender o máximo possível, para poder multiplicar os conhecimentos em seu país, através da UniPúnguè, onde possui nomeação definitiva, termo que aqui no Brasil seria o de servidor público concursado. Portanto, assim que terminar o doutorado, retornará para ser reintegrado.

Costume e hábitos 

Além da contribuição para com os compatriotas africanos, notadamente os moçambicanos, tem o compromisso familiar de que quem teve a oportunidade de fazer o ensino superior, a ajudar os irmãos mais novos ou sobrinhos órfãos. A família de 17 irmãos foi formada pelo ferroviário africano Joaquim Gussele e a dona de casa Acissa Taquidir, de descendência mulçumana. O pai proporcionava uma vida satisfatória, que ficou difícil depois que morreu em 2002. A mãe morreu em 2011. Irmãos, hoje são 11.

Por condições de higiene, são variados os casos de doenças na região onde morou e onde mora atualmente, de tal forma que Euclides passou por situações graves de saúde, como a de ter contraído malária. Por essa razão mudou o seu estilo de vida ao retornar para Moçambique após o mestrado em Corumbá/MS e ter notado que no Brasil não teve nenhum problema de saúde. Entendeu que deveria ter novos hábitos e adotou o veganismo, deixando de se alimentar com produtos que contenha carne, ovos, leite, mel outros produtos de origem animal.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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