Pesquisa avalia genótipos de batata-doce tolerantes à seca
O estudo científico oferece importante contribuição regional para o oeste paulista que é o principal produtor do estado

Pesquisa agronômica de relevância para à cultura da batata-doce avaliou 20 genótipos para identificar os mais tolerantes à seca e também para compreender como o déficit hídrico afeta a produção.
Os experimentos em casa de vegetação, em delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições, foram realizados junto ao Centro de Estudos em Ecofisiologia Vegetal do Oeste Paulista (Cevop).
Também junto ao Centro de Estudos em Olericultura e Fruticultura do Oeste Paulista (Ceofop). Ambos vinculados à Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) e instalados no campus 2 em Presidente Prudente.
A produção científica teve o aporte da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), em dois processos: o de auxílio geral 2022/03120-6 e o da concessão de bolsa 2023/01704-3.
Na avaliação das respostas fisiológicas, bioquímicas e morfológicas dos genótipos submetidos a déficit hídrico, os resultados indicaram que a tolerância à seca é um processo multifatorial.
Relevância da pesquisa
Os genótipos com que demonstraram desempenho superior em relação à tolerância, com base nos parâmetros avaliados, foram os seguintes: “Luiza”, “Canadense”, “CIP 420717”, “Maria Isabel” e “CIP 4949186”.
A identificação de genótipos tolerantes a déficit hídrico por meio de índice multivariado possibilitou compreensão mais completa dos mecanismos de resistência, facilitando a seleção dos mais próximos do ideotipo para essa condição avaliada.
Então, foram selecionados como superiores os seguintes genótipos: “Mineirinha”, “Canadense”, “IAC Clara”, “Japonesa”, “CIP 440003”, “CIP 400092”, “CIP 440178”, “Luiza”, “CIP 187012/2” e “Maria Isabel”.
A relevância da pesquisa, associada à produção de dissertação e publicação de artigo científico, está na contribuição aos produtores em elevar a produtividade e qualidade de raízes mediante a utilização de genótipos de melhor potencial de produtividade.
Conforme o estudo, atualmente a produtividade média brasileira é de 15 toneladas por hectare, mas tem potencial para atingir de 25 a 40 toneladas a mais; respectivamente 66,6% a 166,6% maiores.
Trabalho de alto nível
No mundo são produzidas 90 milhões de toneladas por ano. No Brasil são 952 mil e no estado de São Paulo 158 mil. São dados apresentados na dissertação da engenheira agrônoma Elisa Patrícia Ramos de Melo.
Com a orientação do professor doutor Edgard Henrique Costa Silva e coorientação da professora doutora Ana Cláudia Pacheco Santos, o trabalho que foi levado à defesa pública na tarde de quinta-feira (27) desta semana.
A avaliação foi pelos pesquisadores Dr. André Ricardo Zeist, da Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz (Esalq/Unesp) em Piracicaba; e Dra. Amarilis Beraldo Rós, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) em Prudente.
A dissertação foi considerada como de alto nível e os avaliadores contribuíram com apontamentos voltados, especialmente, como contribuição à produção de artigo científico.
Foi a primeira orientação do Dr. Edgard levada à defesa pública, por conta de ter iniciado seu vínculo há três anos com o Programa de Pós-graduação em Agronomia (PPGA) da Unoeste.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste