Dia do Farmacêutico: Lei exige profissional em farmácias
Dia do farmacêutico é comemorado em 20 de janeiro; chegada dos genéricos impulsiona a profissão

Cada vez que você toma um remédio para sanar aquela dor de cabeça está invocando uma das mais antigas profissões do mundo: a de farmacêutico, comemorada em 20 de janeiro. Desde a época em que a assistência médica era privilégio para poucas famílias até os dias de hoje - em que o leque de hospitais e médicos especializados é enorme - esse profissional não perdeu seu espaço, muito menos sua importância. Para o farmacêutico Hernani César Barbosa Santos, a chegada dos medicamentos genéricos impulsionou a profissão e aumentou a responsabilidade dos farmacêuticos junto à comunidade.
“O baixo preço dos genéricos causou uma procura desenfreada por remédios nas farmácias de todo o País. A população passou a ter mais acesso aos medicamentos, o que aumentou a necessidade de profissionais graduados aptos a orientar e informar o consumidor leigo sobre os reais efeitos daquele produto”, diz o farmacêutico, que se formou na Faculdade de Farmácia da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste).
“O farmacêutico é o profissional do medicamento. Cabe a ele dar o maior número de informações possíveis ao paciente de maneira que ele entenda, isso significa transformar o conhecimento técnico em orientações acessíveis a todos”, diz Santos, hoje responsável pela Farmácia Central do Hospital Universitário Dr. Domingos Leonardo Cerávolo (HU).
Presença obrigatória - Da mesma forma que nas farmácias comerciais, a figura do farmacêutico em farmácias hospitalares já é determinada por lei, mas segundo Santos muitos hospitais não respeitam essa regra. “No HU, onde 100% dos pacientes recebem medicamentos, os farmacêuticos são atuantes e têm sua importância reconhecida. Há um controle de entrada e saída de remédios e os desvios diminuíram consideravelmente. Trabalhamos em conjunto com os médicos para beneficiar o paciente e oferecer-lhe o melhor tratamento possível”, salienta.
Muitos que procuram uma farmácia não tem acesso ao consultório médico e vêem no farmacêutico o caminho para ser medicado. Mas para Santos, essa é uma situação complicada, já que esse profissional não está habilitado a prescrever produtos com antibióticos, usados em tratamentos crônicos. Nesses casos, o paciente deve apresentar a prescrição médica. “O papel do farmacêutico é dar um pronto - atendimento. Ele tem autoridade para indicar medicamentos de praxe para tratamentos agudos, como uma dor de cabeça, e nesses casos não há necessidade da receita assinada pelo médico. Mas somente nesses casos”, diz.
Outro problema é a “empurroterapia” que, de acordo com o farmacêutico, é muito comum nos dias de hoje. “As farmácias comercias possuem balconistas ao invés de farmacêuticos e auxiliares de farmácia. Essas pessoas desqualificam a profissão, pois vendem produtos indiscriminadamente sem saber a fundo a ação daquele produto e quais as reações adversas que ele pode causar. O estabelecimento adquire um aspecto meramente comercial e não de assistência farmacêutica. Na falta de ética profissional o mais importante é vender. Quem sai perdendo é o paciente”, finaliza.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste