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Hipertensão é doença comum, porém, mal tratada

Hipertensos não se cuidam como deveriam por não sentirem os sintomas; HU é o único na região a oferecer atendimento completo para a doença


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Foto: Regina Maia Hipertensão é doença comum, porém, mal tratada
Aferir a pressão freqüentemente é o primeiro passo para cuidar da hipertensão




Estima-se que 25 milhões de brasileiros sofram de hipertensão. Deste total, metade não sabe que tem a doença, 25% sabem, mas não tratam por temerem sofrer privações na dieta e no estilo de vida, e apenas 25% tratam adequadamente. Por ser uma doença silenciosa, ou seja, sem sintomas perceptíveis, a maioria dos portadores tem dificuldade em detectá-la, e, muitas vezes, só percebe sua existência no primeiro infarto ou acidente vascular cerebral.

“A hipertensão arterial é assintomática, o que dificulta o seu controle até mesmo pelos próprios portadores. No Brasil, por exemplo, não temos dados oficiais sobre o número de pessoas hipertensas em tratamento. Em alguns países, como os Estados Unidos, esse número existe, mas é baixo, algo em torno de 27%. O pior é que, como as pessoas não sentem a doença, acabam não cuidando como deveriam”, informa a cardiologista Margaret Assad Cavalcante, do HU (Hospital Universitário Dr. Domingos Leonardo Cerávolo).

De acordo com Margaret, esse desconhecimento é muito preocupante, pois a hipertensão é o fator de risco mais importante para doenças coronarianas, insuficiência cardíaca, doenças cérebro-vasculares, insuficiência renal crônica e doença vascular de extremidades, que comprometem seriamente a qualidade de vida da população, sendo responsáveis pela alta freqüência de internações em hospitais e clínicas de saúde.

Especialistas afirmam que a hipertensão deve ser tratada por uma equipe multiprofissional, porém a maioria dos serviços do país não dispõe de atendimento completo, que ofereça, além do tratamento médico, a orientação nutricional e de atividade física, bem como o apoio psicológico para evitar que a maioria dos pacientes abandone o tratamento – “fato que ocorre com certa freqüência”, declara Margaret.

O HU é uma das poucas instituições do Brasil a oferecerem assistência completa a pacientes hipertensos, e a única na região de Presidente Prudente a disponibilizá-la pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Em funcionamento desde junho de 2005, o Ambulatório Multidisciplinar de Hipertensão Arterial direciona os hipertensos à mudança no estilo de vida, através do controle de fatores como tabagismo, obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, estresse, sedentarismo, uso de algumas drogas como antiinflamatórios, antidepressivos, anorexígenos, além de outros que elevam a pressão.

Com uma equipe formada por cardiologistas, psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas, que se dedicam à pequenos grupos de pacientes de cada vez, é possível ver o hipertenso de forma global, ampla, levando em consideração não apenas a doença em si, mas os hábitos de vida que a desencadeiam. “A multidisciplinariedade desse serviço permite o estudo da vida do paciente, bem como hábitos que podem prejudicar sua saúde já ameaçada pela pressão alta, como má alimentação, falta de exercícios físicos e tensão emocional constante”, explica Cavalcante.

Sem remédios – Por meio da avaliação de sua história clínica, através de exames físicos e laboratoriais, a equipe do Ambulatório Multidisciplinar de Hipertensão estabelece um programa de recomendações para reestruturar de forma saudável o estilo de vida do paciente. “O objetivo é ensinar o paciente a manter seus níveis pressóricos normais com hábitos simples e saudáveis. Medicamentos são prescritos apenas em casos de real necessidade, em que mudanças comportamentais não surtam os efeitos esperados. A intenção é investir na qualidade de vida”, ressalta Margaret.

Às vezes, a pressão pode subir como conseqüência de atividade física mal executada, drogas, álcool, café, e estresse. Algumas situações, como reuniões de trabalho, podem gerar tensão emocional e aumentar bastante a pressão. Por isso, evitar que o estresse se torne cotidiano contribui muito para prevenir ou controlar a hipertensão. “Incluir momentos de relaxamento na agenda são de extrema importância para a saúde”, recomenda a cardiologista.





Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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