Presença ilustre: Osmar Santos assiste defesa de TCC
Trabalho de Conclusão de Curso tem como título “Análise do Discurso Esportivo no Rádio: o mito Osmar Santos”

Considerado um dos maiores narradores do Brasil, Osmar Santos veio esta semana à Presidente Prudente para acompanhar a apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) dos alunos Leonardo Bianchi, Talita Lopes e Maurício Ishikawa, da Facopp (Faculdade de Comunicação Social Jornalista Roberto Marinho) da Unoeste, que propôs uma análise do discurso do narrador.
Denominada “Análise do Discurso Esportivo no Rádio: o mito Osmar Santos” a pesquisa envolveu um estudo de campo em Osvaldo Cruz, cidade natal de Osmar, onde amigos auxiliaram na lapidação de informações relevantes para o trabalho.
“Conseguimos uma cópia da transmissão do jogo Corinthians e Ponte Preta na final do Campeonato Paulista de 1977, material cedido pela Rádio Globo de São Paulo”, lembra um dos alunos envolvidos na pesquisa, Leonardo Bianchi.
A narração foi analisada pela coordenadora do curso de Fonoaudiologia da Unoeste, Dra. Cristina Corazza, e pela lingüista e professora da universidade Gelize Alfena. Esta análise identificou que Osmar Santos usava em dez segundos uma média de 30 palavras, o que daria uma média de 180 palavras por minuto.
Compareceram a defesa do TCC profissionais do radialismo esportivo de Prudente, como Jurandir Gomes, que chegou a trabalhar com o narrador. “Osmar mudou a era do rádio. Podemos separá-la da seguinte forma: a era pré e pós Osmar Santos”, diz Jurandir.
Para os também profissionais da área Rogério Mative e Oliveira Júnior o narrador é um ícone. “Desde a interrupção de sua carreira, em razão do acidente de automóvel, não apareceu outro profissional que pudesse substituí-lo”, destacam.
A banca de avaliação do Trabalho de Conclusão foi composta pelos professores Homero Ferreira (orientador), Heloísa Miguel, Gilson Catussi e Rogério do Amaral.
“O Pai da Matéria” – Osmar Santos é um mito do rádio esportivo brasileiro. O uso de bordões como “Pimba na gorduchinha” e “Ripa na chulipa” ficaram famosos através de suas narrações.
Ele trabalhou como locutor esportivo nas rádios Jovem Pan, Rádio Record e Rádio Globo, além das Redes de Televisão Globo, Record e Manchete. No campo político foi locutor das “Diretas Já”.
Osmar sofreu um grave acidente de automóvel em dezembro de 1994 que afetou sua fala, instrumento de trabalho que o consagrou. Uma nova paixão surgiu após o acidente: a pintura sobre tela.
Em frase publicada pela Revista Isto É, edição 1668, quando fez a primeira exposição dos seus quadros, Osmar Santos deixou uma lição “Ou reclamava do que perdi ou aproveitava o que me sobrou. Resolvi aproveitar”.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste