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Câncer raro pode levar à morte

Diagnóstico precoce evita amputação do membro atingido; HU realiza cirurgia especializada nessa área


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Foto: Arquivo/Unoeste Câncer raro pode levar à morte
Enxerto de osso é realizado no HU pelo SUS, e os custos de armazenamento e transporte de tecido são arcados pelo paciente




Se comparados à ampla variedade de tumores existentes, os do tipo ósseo podem ser considerados raros. Por esse motivo, seu diagnóstico na fase inicial torna-se freqüentemente difícil, podendo ser confundido com outras doenças ortopédicas, como fraturas, infecções, doenças metabólicas ósseas, entre outras. Também pela sua raridade, poucos centros no mundo têm experiência no tratamento dessas lesões, que se não forem retiradas a tempo, podem até mesmo levar o paciente à morte. Na região de Presidente Prudente, o HU (Hospital Universitário Dr. Domingos Leonardo Cerávolo) é um dos únicos a realizar a cirurgia para a retirada desse tipo de tumor.

O ortopedista e cirurgião Edinaldo Cayres de Oliveira, médico do HU há nove anos, já realizou muitas operações para remoção de câncer ósseo. Ele ressalta que o mais importante nesses casos é o diagnóstico precoce, uma vez que a descoberta tardia pode significar a evolução da extensão da lesão, fato que impossibilita qualquer tentativa de cirurgia preservadora do membro afetado. “Aí a única solução é a amputação deste membro”, diz.

No entanto, o ortopedista ressalta que o objetivo dos médicos é evitar que isso aconteça. “Tentamos preservar ao máximo o membro doente e tratá-lo o mais rápido possível, para que a amputação não seja necessária. Mas há uma certa dificuldade nesse sentido, especialmente no Brasil, onde se demora muito para procurar um tratamento médico, cerca de três meses”, comenta.

Ele explica que os tumores primários são os mais raros, podendo ser malignos ou benignos. Sua ocorrência é de 2% em relação a todos os outros tipos, mas, quando ocorrem, vêm acompanhados de certa gravidade. O osteosarcoma, por exemplo, atinge jovens na primeira e na segunda década de vida, levando-os à morte em seis meses, caso não haja tratamento adequado.

Oliveira ainda atenta para os primeiros sintomas – “dor e inchaço na região comprometida” – e destaca que os aparelhos de diagnóstico por imagem, como raio-x, tomografia computadorizada e ressonância magnética, são capazes de revelar esse tipo de câncer com facilidade.

Qualidade de vida – A partir do diagnóstico definitivo, que é feito pela biópsia óssea, os médicos buscam um tratamento que se adapte ao estilo de vida do paciente, e que não restrinja suas atividades normais. O tratamento para o câncer maligno primário é a cirurgia para sua retirada, associada à radioterapia ou quimioterapia antes e depois do procedimento, para facilitar a localização do tumor e erradicar as células cancerígenas que possam ter sobrado.

Em alguns casos, como os de metástase, é necessária a substituição da parte atingida por outra, através do enxerto com ossos de outras pessoas. “Também optamos pela colocação de endopróteses não convencionais feitas de metal, que não limitam os movimentos do paciente e garantem uma qualidade de vida melhor”, explica o ortopedista.

Oliveira ainda salienta que o enfraquecimento dos ossos por conta da doença facilita o aparecimento de fraturas patológicas. “Para isso, fazemos a prevenção de fraturas através da fixação de placa e parafusos nos ossos”, finaliza.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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