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HU inaugura nova brinquedoteca

Espaço é reservado para brincadeiras e atividades recreativas; crianças que brincam reagem melhor ao tratamento


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Foto: Regina Maia HU inaugura nova brinquedoteca
A nova brinquedoteca foi inaugurada com festa na Clínica de Pediatria






Na Clínica de Pediatria do HU (Hospital Universitário Dr. Domingos Leonardo Cerávolo), o tratamento não se resume a remédios e aparelhos. Jogos e brincadeiras também são grandes aliados na cura. Cercadas de bonecas, carrinhos, jogos e peças de quebra-cabeça, em uma sala decorada com temas infantis, as crianças não refletem qualquer preocupação ou medo por estarem num ambiente hospitalar. Enquanto brincam, elas aliviam o estresse e a ansiedade da reclusão da internação, aumentam a autoconfiança, e, conseqüentemente, passam a reagir melhor à terapia e a colaborar mais com os médicos e enfermeiros.

Inaugurada há cerca de um mês com a ação voluntária de enfermeiros do setor e acadêmicos da Faculdade de Enfermagem da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), a nova brinquedoteca do HU tem contribuído de forma positiva na evolução do quadro clínico das crianças internadas. Mantida com brinquedos doados por comerciantes e pelos próprios enfermeiros e alunos, a brinquedoteca integra um programa muito maior de humanização do atendimento hospitalar, que tem como objetivo a rápida recuperação do paciente e sua volta antecipada para casa.

“As crianças ficam na expectativa para brincar. Mesmo internadas, não perdem o ‘pique’ das brincadeiras. Elas precisam desse momento de descontração para gastar as energias, ‘desestressar’ e ficar mais tranqüilas”, comenta a enfermeira da Pediatria, Vanessa Cristina Vila.

Para colaborar com a iniciativa, alunas do curso de Psicologia da Unoeste realizam estágio no local, acompanhando as crianças nas brincadeiras e incentivando-as em atividades de recreação com sucata e cartilhas pedagógicas. “Elas nunca ficam desacompanhadas, sempre há alguém na sala – geralmente estagiárias – auxiliando nas brincadeiras e tomando os cuidados necessários com as crianças”, diz Vanessa.

A brinquedoteca também é utilizada em comemorações especiais, como festa no dia das crianças, em que há apoio de voluntários que atuam ou não no hospital, e também da equipe de nutrição, que prepara alimentos balanceados e compatíveis com a dieta dos pacientes.

Obrigatoriedade – O conceito de brinquedoteca no Brasil é recente, data de 15, 20 anos atrás. Segundo estudiosos, as primeiras unidades apareceram em escolas de educação especial, se estendendo depois para bairros e hospitais. Com a lei 11.104, de 21 de março de 2005, tornou-se obrigatória a instalação de brinquedotecas em hospitais e clínicas de saúde infantil que ofereçam atendimento pediátrico em regime de internação.

O HU se antecipou a essa lei e instalou sua brinquedoteca em 2001, quatro anos antes da determinação legal. Mais do que cumprir a lei, no HU há um cuidado especial com a higienização dos brinquedos, pois é preciso atender às especificidades do ambiente hospitalar. Além disso, o espaço onde as crianças brincam é supervisionado semanalmente para que se mantenha um controle de qualidade.



Brincar ajuda crianças a compreender a internação




O ato de brincar possibilita o relacionamento da criança com seu próprio corpo e com o meio que a cerca. No contexto hospitalar, as brincadeiras facilitam à criança o entendimento da condição em que se encontra – a de paciente – fazendo com que compreenda o mecanismo da doença e da cura.

“Quando brinca de dar injeção numa boneca, por exemplo, a criança está tentando dominar a situação em que se encontra. No momento da doença, ela regride, e o brinquedo, por ser algo familiar, lhe traz segurança, ajudando-a a interagir com outras crianças, com a mãe, com os médicos e com a equipe de enfermagem”.

Quem afirma é a psicóloga Josiane Machado Ruiz, responsável pelo programa de extensão universitária da brinquedoteca desde 2003. Segundo ela, os benefícios das brincadeiras e jogos para uma criança hospitalizada são indiscutíveis, o que faz com que a brinquedoteca tenha importância reconhecida dentro do hospital.

“As crianças geralmente se assustam com pessoas vestidas de branco. Elas vêem a medicação como uma invasão de seu corpo, dificultando o trabalho da equipe médica e o andamento do tratamento. Nessa hora, o brinquedo representa o alívio, o resgate de sua condição de criança”, ressalta Josiane.

A psicóloga é coordenadora das estagiárias de psicologia que atuam na brinquedoteca e ressalta a importância desse acompanhamento para os pacientes: “As brinquedistas (nome dado às estagiárias) são procuradas freqüentemente pelos médicos para ajudarem no trato com os pacientes. Assim, elas se empenham em trabalhar situações traumáticas nos jogos e brincadeiras, de uma forma que a criança entenda”, diz.

Josiane ainda ressalta a utilização da brinquedoteca na interiorização de regras sociais: “As brinquedistas respeitam um horário determinado de funcionamento, mesmo que muitas crianças não aceitem. Há a hora de brincar, de comer, de tomar banho, de fazer o curativo, e essas regras devem ficar sempre bem claras, principalmente dentro de um hospital”, salienta.



Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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