CAMPUS:
0800 771 5533
Área do Egresso Aprender Unoeste
Você está em: Notícias

Dia do Alerta conscientiza sobre alcoolismo

Objetivo é induzir as pessoas ao autodiagnóstico do consumo abusivo do álcool; 90% dos universitários consomem bebidas alcoólicas


email facebook twitter whatsapp Linkedin

Foto: Arquivo/Assessoria de Imprensa do HU Dia do Alerta conscientiza sobre alcoolismo
Entrega de questionário e panfletos informativos será na recepção principal do HU






O Departamento de Psiquiatria do HU (Hospital Universitário “Dr. Domingos Leonardo Cerávolo”), em parceria com a Faculdade de Medicina da Unoeste, realiza amanhã (23), a partir das 10h, o “Dia do Alerta”. O objetivo, de acordo com a psiquiatra Vânia Sato Ikuhara, responsável pela iniciativa, é “chamar a atenção das pessoas que fazem uso abusivo do álcool” com a aplicação e distribuição de um questionário que possibilita a detecção, pelo próprio indivíduo, de situações que caracterizem esse mau hábito.



Para isso, uma equipe de doze pessoas, entre médicos residentes e pós-graduandos em psiquiatria, estará na recepção principal do hospital e também na Faculdade de Medicina fornecendo, além do questionário, panfletos explicativos sobre como fazer o autodiagnóstico do consumo abusivo de álcool e quais as implicações desse vício para a vida social do indivíduo.



“O consumo de grandes quantidades de álcool em poucas horas - 5 doses para homem e 3 doses para mulheres - caracteriza o uso nocivo deste tipo de bebida, que está relacionado a aumento do comportamento de risco, como acidentes de trânsito, agressividade, sexo sem proteção e diminuição do senso crítico. À medida que aumenta o número de doses, esse quadro pode progredir para efeitos como sonolência excessiva, torpor, náuseas, vômitos e coma”, explica a psiquiatra, que coordena o programa de residência médica em psiquiatria do HU e presidente do Núcleo de Estudos Psiquiátricos de Presidente Prudente.



Ainda que ilegal aos menores de 18 anos de idade, as bebidas alcoólicas estão amplamente adaptadas ao meio adolescente, nas festas e baladas. Pesquisas médicas já revelaram que 90% da população acadêmica não é abstinente do álcool e que os jovens entre 13 e 21 anos de idade são os maiores consumidores, chegando a ingerir altas doses de bebidas no mínimo três vezes por semana.



A resposta para esse abuso, segundo a psiquiatra – que também é responsável pelo programa de apoio a alcoolistas no HU – é o efeito desinibidor do álcool. “Os jovens bebem para se sentirem mais soltos, mais sociáveis, e também para se integrarem no grupo. Ser aceito é uma busca constante nessa idade. Mas, se não houver autocontrole, esse hábito pode facilmente se transformar em dependência”, diz a médica.



Ainda de acordo com ela, o uso crônico do álcool compromete a maioria dos órgãos do corpo humano, como o coração, pulmão, estômago, fígado, pâncreas e sistema nervoso, podendo levar a diarréias, dores musculares, quedas e traumatismos, problemas sexuais, alterações do sono, ansiedade e depressão, esquecimentos, hipertensão, arritmias cardíacas, convulsões e até a morte.



“Há também os prejuízos emocionais e sociais que interferem no trabalho e no relacionamento familiar. No trabalho, o alcoolista passa uma imagem de irresponsabilidade e falta de confiança e se torna alvo de deboche entre os colegas. Nunca assume compromisso e quando os assume não consegue cumpri-los. A família também sofre muito, principalmente os filhos e os companheiros. Não são raros os casos de violência doméstica em que um dependente alcoólico está envolvido”, comenta Vânia.



Reconhecer o vício – Para os que querem se livrar do alcoolismo, o primeiro passo, é reconhecer o próprio vício, pois dessa aceitação depende o tratamento. “A fase da aceitação da doença é sempre muito difícil e depende de força de vontade própria e do apoio da família. Um questionário que evidencie as situações que caracterizem o alcoolismo pode ser um ponto de partida para reconhecer o problema”, diz a psiquiatra.



No caso dos jovens, é importante ficar alerta aos sinais que o corpo emite nos momentos de abstinência. “Tremores nas mãos e formigamento podem ser indicativos de um começo de dependência”, alerta a médica.



Saiba mais - O projeto do Dia do Alerta nasceu em 1998, com a coordenação da Dra. Florence Kerr, para alertar a população acadêmica quanto ao uso excessivo do álcool. O projeto é baseado em programas parecidos aos existentes nos Estados Unidos e Inglaterra e a idéia de produzir no Brasil um modelo parecido surgiu a partir da visita de um professor e médico americano à Faculdade de Medicina da Unesp (Universidade estadual Paulista), que trouxe consigo suas boas experiências com este programa.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

Alguma mensagem