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Evento aborda doença renal crônica

Causas, tratamento e alimentação adequada para pacientes serão temas do I Encontro Multidisciplinar na Área da Saúde; doença é problema de saúde pública


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Foto: Assessoria do HU Evento aborda doença renal crônica
"De 1994 a 2004, aumentou em 100% o número de pacientes em diálise no Brasil", diz Almeida




Segundo a SBN (Sociedade Brasileira de Nefrologia), cerca de seis a sete milhões de brasileiros sofrem de doença renal crônica, e a grande maioria ainda desconhece ser portadora desse mal. Silenciosa – sem sintomas percebíveis na fase inicial – essa patologia leva à perda progressiva e permanente das funções do rim, podendo ser fatal em muitos casos. Considerada um problema de saúde pública, está associada a outros males, como hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, uso de drogas e hereditariedade, sendo um importante fator de risco para doenças cardiovasculares, como infarto.

Para discutir a gravidade desse tema, será realizado no dia 25 de maio, no anfiteatro do HU (Hospital Universitário “Dr. Domingos Leonardo Cerávolo”), o I Encontro Multidisciplinar na Área da Saúde. O evento terá palestras com Dr. Igor Costa Almeida, especialista em Clínica Médica e Nefrologia pela USP (Universidade de São Paulo) e médico do Serviço de Hemodiálise do HU, e com a nutricionista da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), especialista pela Universidade Federal do Paraná e mestre pela Universidade Federal de São Paulo, Giovana Mochi Davanço. Eles abordarão, respectivamente, causas e tratamento das doenças renais crônicas e nutrição indicada nesses casos.

Segundo Almeida, entre os anos de 1994 e 2004, houve um aumento de 100% no número de pacientes em tratamento dialítico no Brasil. De acordo com ele, há dois serviços de hemodiálise, um deles localizado no HU, com capacidade totalmente utilizada para atender 60 pacientes hemodialíticos. A unidade recebe pacientes de várias cidades da região encaminhados para realizar sessões de hemodiálise três vezes na semana.

“O paciente renal crônico é muito complexo, e costuma apresentar vários órgãos comprometidos além dos rins, como coração, medula óssea, sistema nervoso central, pulmão e pele, sendo necessário tratá-lo por completo, de forma multidisciplinar. Muitos também desenvolvem distúrbios psiquiátricos, como depressão, ansiedade e insônia, por se verem na condição de dependentes de um rim artificial que desempenha uma função da qual seu organismo não é mais capaz”, diz o especialista.

De acordo com Almeida, o tratamento nesses casos tem o objetivo de controlar a “patologia base ou associada” que levou à doença renal crônica, o que significa tratar primeiramente a pressão, controlar o diabetes e diversas outras morbidades comuns nesse quadro.

Serviço – As vagas para o I Encontro Multidisciplinar na Área da Saúde são limitadas. O investimento para acadêmicos é de R$25, e para profissionais, R$30. Mais informações pelo telefone (18) 3229-1052.



Subdiagnóstico aumenta casos da doença




O diagnóstico precoce é determinante para a qualidade de vida do paciente renal crônico. No entanto, por se tratar de uma doença silenciosa, a busca pelo tratamento rápido é prejudicada, e só ocorre quando aparecem os sintomas clássicos, como inchaço e aumento da pressão arterial.

“Muitas pessoas convivem com a doença renal crônica há mais de 10 anos e só têm o diagnóstico confirmado na porta de um pronto-socorro, quando alguma doença associada se manifesta. Mas quando isso ocorre, infelizmente, a situação já é irreversível, sendo impossível liberar o paciente das sessões de hemodiálise e de uma vida de limitações”, explica Dr. Igor Costa Almeida.

A falta de sintomas não é o único obstáculo para o diagnóstico precoce, nem a única razão para a diminuição da sobrevida desses pacientes. Como informa Almeida, o despreparo de alguns especialistas que lidam com esse grupo também é um fator de complicação:

“Por ser uma doença complexa, assintomática e que requer alguns cálculos para o diagnóstico final, acaba ocorrendo um subdiagnóstico nessa área e, conseqüentemente, um subtratamento. Casos de pessoas que passam anos seguindo um tratamento com um especialista sem que este detecte o problema e sem que haja o enfoque na doença renal crônica são muito comuns e acabam por comprometer a preservação da função renal, levando diversos pacientes a falência de seus rins e, conseqüentemente, à necessidade de diálise ou transplante”, diz o médico.

Ele ressalta que indivíduos hipertensos, com diabetes, idade acima de 50 anos ou com antecedentes pessoais de doença renal ou doenças familiares renais com caráter hereditário devem fazer o exame de coleta de creatinina anualmente, “pois são indivíduos considerados do grupo de risco”.





Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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