Docente participa de Simpósio sobre Seqüestro de Carbono

De 15 a 17 de maio, o professor Carlos Henrique dos Santos, do curso de Agronomia, da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), participou do I Simpósio de Seqüestro de Carbono, com o tema “Bases científicas e econômicas para o comércio mundial”. As palestras foram ministradas por profissionais renomados do país, ligados a empresas e instituições de ensino.

O evento, realizado na Unesp (Universidade Estadual Paulista), de Botucatu (SP), abordou temas como Protocolo de Kyoto, mecanismo de desenvolvimento limpo e mercado mundial de carbono, entre outros. A finalidade do Simpósio foi apresentar e esclarecer idéias que complementem a formação dos futuros profissionais e fomentar a discussão intelectual sobre o Seqüestro de Carbono.

O Protocolo de Kyoto, assinado no dia 11 de dezembro de 1997, prevê que as emissões dos gases do efeito estufa nos países industrializados, no período de 2008 até 2012, terão de ser no mínimo 5% menores que em 1990. Um passo importante contra o temido aquecimento do clima mundial. “Para isso acontecer, os países em desenvolvimento terão que reduzir de maneira drástica a economia”, diz Santos. Assim, o Simpósio discutiu estratégias de incentivo para que os países possam retirar o gás carbono da atmosfera e transformar essa retirada em crédito. Cada tonelada de carbono equivale a um crédito, que pode ser comercializado na bolsa de Chicago, nos Estados Unidos da América. Um crédito custa de 15 a 18 euros.

“Tais estratégias colaboram para uma diminuição de poluentes de maneira global. Empresas de reflorestamento e usinas de cana-de-açúcar, por exemplo, podem utilizá-las, desde que estejam adequadas à certificação internacional”, afirma Santos.

Segundo o professor, os assuntos em discussão durante os três dias também irão colaborar com a disciplina de Gestão Ambiental, que ele leciona, junto com a professora Patrícia Reinners de Carvalho, no curso de Agronomia. As informações novas sobre esse tema demoraram a entrar na literatura. Ele destacou também a importância da legalização da metodologia para redação de projeto referente ao seqüestro de carbono do meio ambiente, com a participação de estudos de casos sobre projetos já implantados.

Seqüestro de Carbono – Tal conceito foi aplicado pela Conferência de Kyoto, em 1997, com o objetivo de conter e reverter o acúmulo de CO2 na atmosfera e propor a diminuição do efeito estufa. A conservação de estoques de carbono nos solos de florestas e sistemas agroflorestais e a recuperação de áreas degradadas são algumas ações que contribuem para a redução da concentração de CO2 na atmosfera.