Inverno é período crítico para saúde das crianças
Pediatria do HU registrou 15 internações decorrentes de infecções no pulmão, ouvido e garganta; procura por inalação aumento no pronto-socorro

Espirros, tosse, nariz entupido, chiado no peito...É no inverno que as alergias e doenças respiratórias mais atacam a população. Vítimas comuns desses males, as crianças lotam ambulatórios e clínicas nesse período. Na última segunda-feira (16), no setor de pediatria do HU (Hospital Universitário “Dr. Domingos Leonardo Cerávolo”), dos 37 leitos existentes, 15 eram internações decorrentes de infecções no pulmão, ouvido e garganta. No pronto-socorro infantil, mais alguns pequenos aguardavam para fazer inalação ou receber atendimento pelos mesmos motivos. Passados três dias, a baixa temperatura continua e o quadro de diagnósticos no hospital também.
O pediatra Edson Takashima, plantonista da unidade, atenta para o fato de que o período de outono-inverno é o mais crítico para a saúde das crianças. Frágeis, elas se tornam alvos fáceis de viroses de vias aéreas superiores (gripes e resfriados) e infecções bacterianas, como amidalite, sinusite e, a mais grave de todas, a pneumonia.
“As viroses costumam ser passageiras, de pouca gravidade, e geralmente somem em poucos dias. Mas, caso não haja o tratamento correto e nem sejam tomados os cuidados necessários, podem evoluir para complicações mais sérias, resultando nas infecções bacterianas, entre elas, a pneumonia”, explica Takashima.
De acordo com o especialista, gripes e resfriados não representam tanta gravidade, porém, se demorarem mais de três dias para sarar, é hora de procurar um médico, pois as chances do quadro clínico se agravar são grandes.
“É muito importante que a família observe a criança, não deixando que a situação se estenda por muito tempo. Se os sintomas demoram a desaparecer, buscar ajuda profissional se torna essencial”, ressalta o pediatra.
Alerta às mães – Medicar o filho sem a recomendação de um especialista é prática comum das mães e pode se tornar um grande problema para a saúde das crianças. Como afirma o pediatra Edson Takashima, essa atitude, muitas vezes, complica ainda mais a saúde dos pequenos:
“A medicação sem orientação médica acontece muito, mas é preciso evitar. O antibiótico, por exemplo, não deve ser usado logo nos primeiros dias de resfriado, e muitas mães o fazem. Só quem deve prescrever medicamentos é o médico”, alerta.
Outro cuidado importante apontado por Takashima é quanto ao banho quente e demorado. De acordo com o pediatra, este hábito deve ser evitado, pois, devido ao clima frio, a criança pode sofrer choque térmico ao sair do banheiro. “Os banhos devem ser rápidos e, se possível, não muito quentes”, comenta.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste