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Infarto pode ocorrer sem sintomas típicos

Sinais clássicos como dor forte no peito e no braço esquerdo podem não se manifestar; paciente corre duas vezes mais o risco de morte


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Foto: Regina Maia Infarto pode ocorrer sem sintomas típicos
Diante de sintomas ditos "não-típicos", especialista não deve descartar a possibilidade de infarto, afirma Dr. Ureliano Cintra e Reis.




As doenças cardíacas são, atualmente, as que mais matam pessoas no mundo. Um estudo feito por pesquisadores em cerca de 1,6 mil hospitais americanos concluiu que uma em cada três pessoas que sofre um ataque cardíaco não sente a comumente dor no peito. Em certos grupos de pacientes avaliados, que incluía mulheres, diabéticos e idosos, a incidência desse sintoma foi significativamente menor. A pesquisa ainda revelou que em casos como esses, de sintomas atípicos ao infarto, o paciente demora mais para receber o tratamento correto e corre duas vezes mais o risco de morrer ao chegar no setor de emergência médica.

De acordo com o médico do HU (Hospital Universitário “Dr. Domingos Leonardo Cerávolo”) especialista em cardiologia e clínica médica, Ureliano Cintra e Reis, o infarto agudo do miocárdio (ou simplesmente “infarto do coração”) ocorre quando uma artéria coronária, que leva sangue e nutrientes para o músculo cardíaco, está doente e com placas de gordura. Tal fato faz com que esse vaso seja obstruído por coágulos de sangue, o que pode levar à perda da função do músculo cardíaco na área afetada. Segundo Reis, a principal suspeita do infarto é a dor forte no peito, de início súbito e com duração prolongada. Essa sensação acomete o indivíduo geralmente em repouso, e, segundo o médico, pode ser percebida também nos braços, principalmente no esquerdo, além do pescoço e mandíbula, com episódios de falta de ar, suor, palidez, náuseas e vômitos.

Mas, como salienta o especialista, nem sempre esses sintomas deverão estar presentes para que o médico suspeite que possa estar diante de um caso de infarto. “Há casos em que o infarto pode ser antecedido pelo que chamamos de angina instável, caracterizada por uma dor não muito intensa e passageira, mas que se repete com freqüência. Isto deve ser considerado pelo médico como um aviso de que o paciente pode estar sendo vítima de um ataque no coração”, explica.

A prática médica demonstra ainda que, com certa freqüência, as mulheres, os diabéticos e os idosos apresentam apenas quadro de falta de ar ou suor frio associado à mal estar, sem queixas de dor no peito. Diante destes sintomas “não-típicos” do infarto, o especialista do HU destaca a importância de uma avaliação médica para esclarecer se são ou não originários do coração. Associado a isso, está a necessidade de uma postura preventiva do paciente, que deve imediatamente procurar atendimento médico no pronto-socorro mais próximo de sua residência.

“O médico de plantão deve estar capacitado para avaliar cada caso e quando necessário realizar o eletrocardiograma e administrar as medicações iniciais. Se necessário encaminhará o paciente para o hospital de referência, para que seja dada a seqüência no tratamento”, diz.

O tratamento – No hospital, o tratamento inicial visa, sempre que possível, desentupir a artéria coronária que foi responsável pelo infarto. De acordo com Reis, isso pode ocorrer de duas maneiras: por meio de medicamentos especiais para diluir o coágulo que entupiu a coronária, ou por angioplastia.

“A angioplastia coronária é a técnica utilizada para desobstruir uma ou mais artérias do coração. O médico, através do cateterismo, localiza a artéria entupida e utiliza um balão inflável para dilatá-la, colocando no local uma estrutura metálica – conhecida como ‘stent’ – que garante que a artéria permanecerá aberta. Dessa forma, o fluxo de sangue para o músculo do coração é restabelecido”, explica.

Em seguida, o paciente é encaminhado para a UTI para receber cuidados intensivos, onde permanecerá em observação e completará o tratamento. “Em alguns casos quando é detectada a obstrução em várias artérias do coração ou o tratamento por algum motivo não é possível por angioplastia, o paciente poderá ser submetido à cirurgia cardíaca para colocar pontes de safena ou mamária. Esta cirurgia leva sangue para as regiões que estão necessitadas, desviando dos locais de entupimento”, diz o cardiologista.

Mudanças necessárias – Após ser submetido aos procedimentos indicados, o paciente infartado deve iniciar um programa de mudança de estilo de vida, que inclui: alimentação equilibrada para manutenção do peso ideal, controle da taxa de gordura no sangue, controle do diabetes e pressão alta, interrupção do fumo e prática de atividade física orientada pelo cardiologista.

“Essas são medidas que beneficiam o paciente já vitimado ajudando na sua recuperação e ainda prevenindo um infarto futuro. É preciso conscientizar a população, pois, sabendo e conhecendo mais sobre esta doença que atinge cada vez mais e mais pessoas no mundo todo, a comunidade pode se posicionar no sentido da prevenção, seguindo as medidas citadas acima antes que esse mal ocorra”, informa Reis.





HU atendeu mais de 170 infartos em oito meses




Entre janeiro e agosto deste ano, deram entrada no Setor de Emergência do HU 177 casos de infarto agudo do miocárdio. Para Reis, este é um número alto, que pede uma política social de conscientização e prevenção contra os sintomas típicos e “não-típicos” da doença, além de ser um alerta para a população sobre a necessidade de procurar imediatamente um serviço de saúde caso eles se manifestem.

“O HU possui um pronto-socorro equipado e com enfermeiros, médicos emergencistas e cardiologistas capacitados e atualizados para dar o mais completo atendimento ao paciente com dor no peito e possibilidade de infarto. Dispõe ainda de serviço de laboratório de cateterismo com médicos cardiologistas especializados em hemodinâmica, serviço de cirurgia cardiovascular, e moderna UTI, onde o paciente e seus familiares estarão seguros e recebendo um tratamento de qualidade com a atenção que a gravidade do caso exige”, finaliza o especialista.



Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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