Docente de Medicina apresenta estudo sobre câncer de pele

Gisele Alborghetti Nai, professora do Curso de Medicina da Unoeste na área de Patologia, defendeu na última segunda-feira (27), na Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu, a tese de doutorado titulada "O Possível Papel da Proteína ROC1 na Expressão da Proteína Ciclina D1 em Melanomas Cultâneos".

De acordo com a docente, os melanomas classificam-se como o décimo tipo de câncer de pele mais incidente no país. “A pesquisa enfoca que a proteína ROC1 ajuda na destruição da ciclina D1, uma proteína estimulante à proliferação de células cancerígenas. Nos testes em que havia alta concentração de ciclina D1, as células cancerígenas proliferavam-se mais rápido e muitos desses casos tinham deficiência de proteína ROC1”, explicou a professora.

Ela acrescentou que futuramente, estudos poderão desenvolver medicamentos que estimulem a ROC1, para evitar o aumento da ciclina D1 e assim, evitar a proliferação celular. “Com a tese, pretendo colaborar com a diminuição da alta taxa de mortalidade por esta patologia. O estudo foi desenvolvido durante três anos e meio, através de estudos de casos com pacientes da Unesp de Botucatu e do Laboratório de Anatomia Patológica da Unoeste”.

O trabalho da docente foi dedicado aos alunos do Curso de Medicina da instituição. “É por eles que eu quero me tornar uma profissional cada vez melhor”, ressaltou a docente. A orientadora da pesquisa foi a professora doutora Mariângela Esther Alencar Marques.

Os docentes que integraram a banca de avaliação foram: Dra. Mirian Nacagami Sotto, associada do Departamento de Dermatologia da USP; Dra. Luciana Patrícia Fernandes Abbade, do Departamento de Dermatologia da Faculdade de Medicina de Botucatu; Dr. Luis Fernando Barbisan do Departamento de Morfologia do Instituto de Biociências da Unesp de Botucatu e Dr. Cléverson Teixeira Soares, do Instituto Lauro de Souza Lima, de Bauru (SP).