Medicina faz rapel para aprimorar resgate em difícil acesso
Treinamento a alunos do 4º termo do curso será realizado novamente no dia 24, no campus II, às 7h30


Conhecida como prática radical, o rapel pode ser fundamental no resgate de pacientes que estejam em locais de difícil acesso. E para que os futuros médicos estejam habilitados a usar este recurso, estudantes do 4º termo de Medicina da Unoeste fizeram treinamento na sexta-feira (11). O exercício será repetido, no dia 24 de novembro, novamente no bloco B3 do campus II, em prédio com 18 metros de altura. Será a partir das 7h30.
A atividade está inserida no Atendimento Pré-Hospitalar (APH), disciplina do Programa de Aproximação Progressiva à Prática (Papp). Segundo um dos professores coordenadores, Orlando Magro Neto, a ação “visa preparar o médico para fazer procedimento de resgate, trabalhar em situações fora do hospital”. Raphael Moreira Gomes Cecilio, do 4º termo, foi um dos que participaram. Acredita que “por ter vivenciado uma situação dessas na Universidade, já quebrará a primeira barreira no futuro, como o medo de altura”.
O docente salienta que o conhecimento adquirido por meio do rapel ajudará o profissional a buscar emprego em locais que lidam com resgate, como empresas particulares ou Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). “Amanhã poderá trabalhar em um serviço de remoção aérea”, reforça.
O rapel como instrumento de aprendizagem é empregado pela Medicina da Unoeste há dez anos. Além de Magro, o método de ensino também é coordenado pelo professor Osvaldo Natal Ramos. Ambos são tenentes da reserva do Corpo de Bombeiros.
Equilíbrio emocional – Enfrentar o medo para salvar uma vida é a grande questão nos casos de resgate em que é preciso se utilizar do rapel como forma de locomoção. “Desde o 1º termo os estudantes vivem situações adversas, difíceis… E essa é mais uma. Os médicos vivenciam um estresse muito grande, ao lidar com morte, doença, mas têm que ser resilientes, enfrentar situações caóticas. É uma doação”, pondera a docente que dá apoio psicopedagógico na Medicina, Cecília Emília de Oliveira Creste. “O rapel dá um bom subsídio para superar o medo”, completa Magro. No entanto, para aqueles que têm fobia ou dificuldade com altura, a atividade não é obrigatória.
Segurança total – No campus II, as descidas em rapel ocorreram com auxílio de equipamentos de segurança fundamentais para a realização do treino. Homologados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), foram utilizados cabo especifico, cinto, freio oito, capacete, luvas e mosquetão – materiais pertencentes à Unoeste. “Fiquei sem medo da altura. Senti bastante segurança”, enaltece Cecilio.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste