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Cidade democrática é a que dá sentido à ocupação dos espaços

Mesmo diante das fragmentações, a totalidade precisa ser respeitada para que existam coesão e inclusão


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Foto: João Paulo Barbosa Cidade democrática é a que dá sentido à ocupação dos espaços
Lúcia Ferri, Joseanny, Sibila e Castilho
Foto: João Paulo Barbosa Cidade democrática é a que dá sentido à ocupação dos espaços
Estudantes de Arquitetura, maior parte do público
Foto: João Paulo Barbosa Cidade democrática é a que dá sentido à ocupação dos espaços
Vanessa, Helena, Tereza, Fabiana, Ruiz e Annibal


Temas com estreitas relações com cidadania foram tratados em duas de quatro mesas redondas do 17º Encontro Anual de Ensino Superior (Enapi), realizadas nesta quarta-feira (24) no anfiteatro Primavera, no campus II da Unoeste. Foram as mesas sobre “Democracia urbana e cidadania: da fragmentação à totalidade” e “A formação da identidade profissional buscada pelo pedagogo: ontem e hoje”.

As exposições no segmento da democracia urbana apresentaram realidades de cidades brasileiras, porém com focos em Vitória (ES) e Presidente Prudente. Na capital capixaba o serviço de georreferenciamento oferece a fragmentação de dados disponíveis numa base informatizada que contempla a totalidade, promovendo a transparência e abrindo espaço para a intervenção pública junto ao Plano Diretor.

A gerente de Geoprocessamento da Secretaria da Fazenda da Prefeitura, Joseanny Gomes Poltronieri Pereira, mostrou a importância do Banco de Dados Georreferenciado da Prefeitura de Vitória (BDGPV), implantado em 2009. O acesso disponibilizado na internet permite que se tenha rica gama de informações, que vão da localização de um bueiro até o videomonitoramento utilizado pela guarda municipal.

A plateia – em sua maioria formada por alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo – acompanhou com especial atenção como uma cidade pode ser mapeada em praticamente todos os seus fragmentos e estimar o quanto isso tem de importância para a totalidade, no aspecto da democracia urbana e cidadania. Na sequência, o procurador do Estado em Prudente, José Roberto Fernandes Castilho, promoveu uma reflexão sobre a democracia urbana e cidadania.

Os estudantes mantiveram a mesma atenção. Castilho criticou a inércia dos gestores públicos e também de grande parte da população como responsável pela segregação socioespecial urbana. Ainda que o grave problema não seja específico de Prudente, apontou a recente ampliação da demarcação da zona urbana em mais de 30 mil km², o que pode permitir loteamentos sem qualquer infraestrutura.

Citou as construções de 3,4 mil casas populares na zona sul, uma área de poucos recursos em infraestrutura, que pode oferecer energia elétrica, abastecimento de água, coleta de esgoto e pavimentação asfáltica, mas que não terá serviços suficientes de escolas, creches e unidades de saúde, entre outros. Classificou os condomínios fechados como espaços de autossegregação. “Além da fragmentação, os condomínios quebram a cidade. Não permitem a articulação do sistema viário”, disse o procurador.

E fez várias outras considerações. Também falou sobre o fenômeno da cidade ilegal, em que as ocupações desordenadas resultam em favelas ou cortiços. Pontuou que se nos casos anteriores o poder público foi conivente, sobre a cidade ilegal não foi previdente e nem competente. São assuntos que receberam ampla abordagem e estiveram atrelados ao tema “Universidade sem Fronteiras: da fragmentação à totalidade”, que norteia o Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão (Enepe), do qual o Enapi faz parte. O debate após as exposições envolveram as doutoras Sibila Corral de Area Leão e Lúcia Maria Gomes Corrêa Ferri. A pró-reitora da Pesquisa e Pós-Graduação, doutora Zizi Trevizan, acompanhou parte das exposições.

Formação de professores – Até 2006 a formação em Pedagogia preparava o professor para direção escolar ou lecionar no Normal, o curso de ensino médio que formava professor para o básico. Com a nova Lei de Diretrizes e Bases, os cursos superiores de Pedagogia voltam-se exclusivamente para formar professores, o que representa compromisso com a cidadania na medida em que objetiva a qualidade do ensino.

No Programa de Mestrado em Educação da Unoeste é desenvolvida pesquisa sobre a mudança ocorrida e suas consequências. Com o tema “Formação da identidade profissional buscada pelo pedagogo: ontem e hoje”, a pesquisa foi apresentada na manhã desta quarta (24) numa mesa redonda do Enapi. Entre as características desse “novo professor”, a reflexiva foi apresentada pelas pesquisadoras mestres em Educação, Fabiana Gonçalves Monti e Vanessa Ananias Malacrida, que têm como parceira Danielle Ayres Silva. Para a doutora Helena Faria de Barros, é fundamental a reflexão sobre o papel na formação de alunos.

A exposição das recém-tituladas mestres levou para a mesa de debate, além de Helena, os doutores Tereza de Jesus Ferreira Scheide, Adriano Rodrigues Ruiz e Sérgio Fabiano Annibal, respectivamente coordenador e vice-coordenador do Programa. A pesquisa foi aplicada nos últimos dois anos junto aos professores mais antigos e os mais recentes dos cursos de Pedagogia da Unoeste e da Unesp em Presidente Prudente.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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