Caso sobre doença rara de pele tem publicação internacional
Pesquisa envolve docentes da Unoeste e de outras instituições

Pesquisadores da Unoeste conseguiram publicação de um artigo científico no periódico europeu The Journal of Infection in Developing Countries, voltado a doenças infecciosas. O material apresenta o caso de um paciente de Presidente Prudente com epidermodisplasia verruciforme, rara doença crônica associada ao câncer da pele, e coinfectado com hanseníase. Ele foi acompanhado no ambulatório de dermatologia do Hospital Regional (HR).
Um dos pesquisadores, Luiz Euribel Prestes Carneiro, docente de Medicina da Unoeste, explica que “um defeito genético induz à formação de verrugas distribuídas principalmente no tronco e nos membros devido à resposta imune inadequada do indivíduo frente a algumas espécies de papiloma vírus humanos [HPV]”. Informa que pessoas sem esse defeito, quando em contato com esses vírus, conseguem destruir ou bloquear a infecção. “Expostas ao sol, muitas dessas lesões se tornam malignas e têm que ser removidas”.
Carneiro conta que as verrugas se iniciam na infância e permanecem durante toda a vida. Até o momento, os medicamentos disponíveis não promovem a cura, apenas conseguem bloquear parcialmente a evolução da doença. Salienta ainda que, ao contrário da epidermodisplasia verruciforme, o tratamento com medicamentos para hanseníase produziu a cura da infecção mostrando que o paciente não consegue bloquear o crescimento do HPV, mas conseguiu destruir os bacilos M. leprae.
Sobre a publicação do estudo, o pesquisador frisa que existem raras publicações da co-infecção HPV-Hanseníase na literatura. Além de Carneiro, também estiveram envolvidos na pesquisa os docentes da Unoeste Gisele Alborghetti Nai, Carlos Cristofano, Luciana Leite Crivelin e Marilda Aparecida Milanez Morgado de Abreu. O trabalho contou ainda com colaboradores de diferentes instituições: Márcia Silva, da Faculdade de Medicina da Unesp/Botucatu; Ricardo Moliterno, do Departamento de Imunogenética, da Universidade Estadual de Maringá (UEM); e Carmela Calabreta, do Instituto Adolfo Lutz de Presidente Prudente.
Divulgação – O estudo publicado no periódico europeu pode ser conferido neste endereço eletrônico.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste