CAMPUS:
0800 771 5533
Área do Egresso Aprender Unoeste
Você está em: Notícias

Estudo formula banco de dados da cultura de café no Paraná

Medida resulta de pesquisa científica e contempla produtores de 22 municípios da região do Médio Paranapanema


email facebook twitter whatsapp Linkedin

Foto: João Paulo Barbosa Estudo formula banco de dados da cultura de café no Paraná
Ricardo Silva: autor do banco de dados
Foto: João Paulo Barbosa Estudo formula banco de dados da cultura de café no Paraná
Banca de avaliação durante as arguições
Foto: João Paulo Barbosa Estudo formula banco de dados da cultura de café no Paraná
Ricardo com os doutores Creste, Tiritan e Inoue


Voltado para otimizar o manejo na adubação em busca de melhor eficiência da absorção nutricional das plantas, o Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação (DRIS) consiste num banco de dados capaz de proporcionar informações que possibilitam diagnósticos mais precisos que em outros métodos. Resultado: redução nos custos de produção e aumento de produtividade. Ferramenta que em breve será disponibilizada aos produtores de café na região da Associação dos Municípios do Médio Paranapanema (Amepar), constituída por 22 associados, no norte do Paraná.

A previsão é de que antes de fechar o primeiro trimestre de 2013, já possam utilizar do plano gerenciador de informações, em busca de maior grau de acerto nas recomendações de adubação, os cafeicultores de Alvorada do Sul, Arapongas, Bela Vista do Paraíso, Cafeara, Cambé, Centenário do Sul, Florestópolis, Guaraci, Ibiporã, Jaguapitã, Jataizinho, Londrina, Lupionópolis, Miraselva, Pitangueiras, Porecatu, Prado Ferreira, Primeiro de Maio, Rolândia, Sabáudia, Sertanópolis e Tamarana. O benefício resulta de pesquisa desenvolvida no Mestrado em Agronomia da Unoeste.

O engenheiro agrônomo extensionista Ricardo Augusto da Silva – do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), lotado em Pitangueiras – desenvolveu o experimento com o apoio da instituição para a qual trabalha, juntamente com o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). Com a orientação do doutor José Eduardo Creste, a pesquisa contou com a análise de solo e da absorção de nutrientes, através de folhas de cafezais. Foram coletados 75 lotes nas lavouras com as variedades Iapar 59, IPR 98, IPR 99, Catuaí, Mundo Novo e Tupi.

As análises foram dos seguintes nutrientes: manganês (Mn), nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg), enxofre (S), cobre (Cu), ferro (Fe), boro (B) e zinco (Zn). O experimento ocorreu com plantas até quatro anos de idade, em lavouras adensadas com o plantio em espaçamento variável de 70 centímetros a 1 metro entre plantas e 1 metro e meio a 3 metros entre linhas. As folhas colhidas foram transportadas em sacos de papel para o laboratório da Unoeste. Passaram por secagem em estufa e depois por moagem.

Conforme Silva, foram considerados todos os fatores suspeitos de influência na produção, a relação entre os fatores e a produção e o cálculo de índices para cada nutriente. Em síntese, as classificações por lote apresentaram três níveis: com níveis adequados, com teores excessivos e com deficiência. Apresentou ainda as variações por nutriente de 70 dos 75 lotes objetos do experimento, com o descarte de cinco amostras, onde os pés de café receberam a poda chamada esqueletamento. Sobre produtividade, a proposta do banco de dados consistiu de cinco níveis de produção de sacas por hectare, com variação de dez em dez, de 35 a 75.

Os resultados da pesquisa de Silva geraram amplo debate durante as arguições da banca, onde o doutor Creste esteve acompanhado dos doutores Carlos Sérgio Titiran e Tadeu Takeyoshi Inoue, sendo este último convidado junto a Universidade Estadual de Maringá (UEM). Foram apresentadas propostas na reformulação em alguns trechos do conteúdo da dissertação “DRIS no Diagnóstico Nutricional de Café (Coffea arábica L.) para a Região Norte do Estado do Paraná”, visando a publicação de artigo científico. Silva foi aprovado no final da tarde de segunda-feira (10) para receber o título de mestre em Agronomia, pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste.

O banco de dados resultante da pesquisa contempla uma região inserida no contexto do agronegócio do Paraná que integra o bloco de seis estados brasileiros que concentram 98% da produção nacional de café. Os outros são Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia e Rondônia. O DRIS para o norte paranaense ocorre num momento auspicioso, quando a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anuncia que a safra 2012 pode ser a maior da história do Brasil, com 50,8 milhões de sacas beneficiadas. Crescimento de 16,1%, comparado com a safra anterior que foi de 40,48 milhões de sacas de 60 quilos. No norte do Paraná a área de cultivo é de 74,8 mil hectares, com 54,75% no sistema adensado e produção de 1,8 milhão de sacas. São 7,5 mil cafeicultores que produzem 50% do café do Estado. O crescimento de Londrina, uma das mais importantes cidades brasileiras, deu-se com o café.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

Alguma mensagem