Medicina participa de evento sobre educação na área

No ano de 2001, a educação médica no Brasil passou por transformações importantes. O ensino que antes era centrado no professor e tratava o aluno de forma passiva mudou, o tornando aprendiz agente ativo neste processo. Para a orientação de todos os cursos de Medicina do país, foram instituídas pelo MEC as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina, que começaram a ser seguidas a partir desta data.

Diante deste contexto, a Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM), desenvolve constantemente eventos que visam a melhoria da educação médica brasileira, como o Congresso Paulista de Educação Médica (CPEM), que teve a sua 8ª edição realizada no último final de semana, em Catanduva (SP). O evento contou com a presença de representantes da Unoeste. Na ocasião, estiveram presentes o coordenador de Medicina, Michel Jorge Cecílio, os docentes Ana Cachefo e Edmundo Pereira de Souza Neto, alunos e membros do Diretório Acadêmico (DA) e a pesquisadora do Núcleo de Pesquisa da graduação, Emanuele Mello.

De acordo com Cecílio, o tema principal foi “O processo ensino/aprendizagem nos diversos cenários”. O congresso é de grande relevância para a área, pois abordou assuntos relacionados à formação docente e apresentou os resultados obtidos pelas instituições públicas e privadas durante estes 10 anos. “Houve uma troca de experiências entre os participantes, que tornou possível a visualização das ferramentas utilizadas no ensino médico”, explica.

Cecílio coordenou ainda o simpósio Revisão dos Métodos de Ensino em Enfermarias e Ambulatórios Frente às Diretrizes. “Tive a oportunidade de direcionar as apresentações e debates desenvolvidos naquele momento. Foi gratificante institucionalmente, por representar a Unoeste, e profissionalmente, por proporcionar o aprimoramento dos conhecimentos”.

O evento realizou também, a premiação de trabalhos científicos, onde a universidade conquistou o 2º lugar pelo estudo “Principais problemas identificados por estudante de medicina durante as visitas domiciliares no pós alta hospitalar”. Cachefo e Mello participaram da pesquisa e receberam o prêmio, representando os demais integrantes do trabalho.

“Além da nossa contribuição, este estudo teve o envolvimento do diretor do curso de Medicina da instituição, Fernando Rodrigues Pimentel Filho e dos professores Daniel José Pimentel Bonfim, Gisele Golghetto e Fernanda Marin. Tivemos por objetivo, identificar os principais problemas que ocorrem durante o processo de recuperação do paciente após sua alta no Hospital Regional de Presidente Prudente (HR). Verificamos que estas pessoas não realizam o tratamento prescrito corretamente e uma das causas deste descumprimento é a falta de entendimento ou a comunicação entre o paciente leigo e o médico”, esclarece Cachefo.

Ela destaca que esta conquista foi muito importante, visto que o 1º e 3º colocados originam-se de uma instituição referência em pesquisa, a Unesp de Botucatu (SP). “Existe uma tradição de que instituições particulares formam profissionais enquanto as públicas destacam-se com os pesquisadores. Através dos seus projetos, a Unoeste ganha cada vez mais espaço neste segmento, além disso, esta premiação é um incentivo para que os nossos alunos se envolvam cada vez mais nestes trabalhos”.

O acadêmico do 6º termo da graduação e presidente do DA, Luciano Francisco Maciel Vasques de Moraes, esteve no evento e participou como relator da mesa redonda “Relação escolas médicas e serviços da saúde”. Ele visualizou como as outras instituições desenvolvem suas atividades em laboratórios de habilidades e simulação. “Verifiquei que a postura mantida pela universidade está correta, pois ela segue o mesmo procedimento que instituições conceituadas como a Universidade de São Paulo (USP), que insere o aluno neste ambiente desde o início do curso”.

Moraes acrescenta que momentos como este são fundamentais para a formação profissional. “É muito interessante vivenciar experiências externas, que oportunizam agregar o aprendizado adquirido na Unoeste e que contribuem para o meu currículo”.

No 8º CPEM, as alunas da graduação, Bruna Acosta Smaniotto, Michelle Lais Romero Dias e Ana Lúcia Barreto da Costa também participaram com a apresentação de trabalhos, que foram desenvolvidos sob a orientação da pesquisadora Emanuele Mello.