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Internet em todas as coisas é uma futura tendência

Objetos com inteligência e todos conectados a rede já são estudados em laboratórios


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Foto: Ector Gervasoni Internet em todas as coisas é uma futura tendência
“Teremos dispositivos que acessam a internet mesmo sem sabermos, e eles promoverão comunicação entre si”, revela presidente da Abranet
Foto: Ector Gervasoni Internet em todas as coisas é uma futura tendência
Antonio Eduardo Neger durante palestra no Teatro César Cava, campus I


Será possível uma caixa de leite se comunicar com a geladeira e informar ao dono a data de validade do produto? O veículo poderá estar em constante contato com o fabricante para seu monitoramento de desempenho, e se detectar possível falha, logo transmitir a informação ou comunicar o próprio dono? E se a sua escova de dente for inteligente o bastante para enviar, em tempo real, um relatório da sua escovação para o dentista? Ações como essas já existem em laboratórios e poderão, futuramente, estar no mercado. “Internet Ubíqua: Oportunidades e Desafios para o Brasil” foi tema de palestra do terceiro dia da 24ª edição da Semana de Computação e Informática da Unoeste – Infoeste 2012. O assunto foi abordado pelo presidente do Conselho Diretor Executivo da Associação Brasileira de Internet (Abranet), Antonio Eduardo Neger.

Internet em todas as coisas ou “ubíqua” é uma futura tendência, aponta o palestrante. Num retrospecto das telecomunicações, discorre que atualmente a quantidade de aparelhos celulares no Brasil é maior que o número de habitantes, e muito maior que a quantidade de telefonia fixa. Segundo ele, o fato de se ter acesso à internet fixa, na verdade, era um condicionante de limitação tecnológica. “A partir do momento que o usuário pode optar pelo fixo ou móvel, com certeza o último é mais acessado, até pelo fato do conforto. Há uma tendência de migração para a mobilidade”, destaca.

Porém, paralelo a isso, ocorre o crescimento da demanda por banda nas aplicações, e consequentemente, cobra-se mais aplicativos atraentes. “As pessoas não se contentam mais somente com e-mail, mensagem de texto e um acesso de navegação para ver notícias. Querem muito mais”. Salienta que as limitações físicas poderão ser obstáculos para uma banda mais larga. “As tendências que surgem com a ubiquidade da internet é a inserção de computação e internet em dispositivos que não são diretamente operados pelo usuário. A proposta é a chamada “internet das coisas”, onde teremos dispositivos que acessam a rede mesmo sem sabermos, e eles promoverão comunicação entre si”, avalia.

As pesquisas avançam para o desenvolvimento de objetos com inteligência, todos conectados a rede. Sobre a demanda de “internet nas coisas”, o presidente da Abranet revela que a ideia, para até 2020, é que se tenha para cada habitante da Terra, seis dispositivos conectados. A facilidade será grande, porém, haverá uma dependência com a rede. “Parou a internet, parou tudo. Hoje, computador desconectado significa computador quebrado”, ressalta. Os dispositivos estão cada vez mais interligados e, por outro lado, existe mais dependência dessas redes. Por isso, exige-se mais confiabilidade das mesmas. “Isso representa ter mais de uma operadora e mais de um meio físico”, afirma.

As pesquisas já estão avançadas nos laboratórios. Entretanto, outros obstáculos deverão ser vencidos. Neger destaca que a grande barreira para que a internet ubíqua ser massificada é justamente a redução de custos. “Somente teremos condições de ter uma caixinha de leite que se comunica com a geladeira se o custo desse chip for baixo e não influenciar no preço do produto”, conclui. Além disso, para atender a expectativa dos usuários, e pensando na questão da confiabilidade das redes, Neger aponta que é prevista uma grande revolução para os próximos anos.

Uma das promessas futuras é a tecnologia de rádio cognitivo, ou seja, um dispositivo com inteligência para monitorar todo o espectro de frequência. Ele vai saber qual parte está disponível para transmiti-la, sendo que quando uma determinada faixa estiver ocupada, automaticamente, ele irá parar de transmitir. “O rádio tem inteligência para aproveitar todos os espaços em branco que existem no espectro de comunicação. Isso mudará completamente a forma de regular a telecomunicação e a forma de como conhecemos a internet móvel”, explica.

Prática – Para desenvolver a internet ubíqua, o palestrante aponta dois importantes fatores: dispositivos baratos e boa infraestrutura de telecomunicações. “Tudo isso somente será possível com qualidade e preço, e se houver competição entre empresas”, frisa. Conforme ele, a janela de oportunidade aos empreendedores e para os jovens estudantes na área, é justamente desenvolver novas aplicações e conteúdo para essa rede, já que para atrair o usuário o serviço deve ter aplicativos diferenciados.

Para desenvolver esses aplicativos e serviços na rede ele afirma que é preciso apenas de pessoas com boa formação e computadores com excelente conexão. “A internet para o empreendedor é um excelente laboratório, onde ele experimenta com muita facilidade, com médio resultado, e pode desistir quando quiser sem grandes traumas”, assegura. Frisa que além de ter um risco menor no caso de insucesso, quando houver sucesso a oportunidade de crescimento é maior.

Para isso, ele aponta a importância de entidades que apoiam esses empreendimentos e elogiou a iniciativa da Incubadora Tecnológica de Presidente Prudente (Intepp). “Pessoas com conhecimento em programação podem trazer excelentes ideias que nem necessitam de uma grande estrutura”, finaliza.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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