Criação de rede visa estimular cultivo de plantas medicinais
Proposta de vários parceiros pretende incluir agricultores familiares do Pontal na política nacional do setor


Está dado mais um passo para oficializar a Rede Fito Mata Atlântica do Pontal, iniciativa voltada para incluir agricultores familiares na política nacional de plantas medicinais e fitoterápicos. Em reunião sediada pela Unoeste nesta quarta-feira (4), ficou a proposta de formalização individual do termo de compromisso dos parceiros envolvidos e de estruturação do Arranjo Produtivo Local (APL) em cada um dos nove municípios predispostos a fazer parte da malha regional de medicina alternativa.
Entre a concepção da ideia e o estágio de oficialização da rede já são sete anos. Mesmo período em que a legislação foi sendo construída para amparar as políticas públicas implantadas pelo governo federal, conforme a coordenadora de ações extensivas gerais da Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (Proext), Cidinha Martines de Oliveira, que conduziu o encontro ocorrido no campus II com as participações de representantes de prefeituras, do Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), Território da Cidadania e da própria universidade.
Vários assuntos estiveram em pauta, incluindo a retomada do percurso histórico iniciado no I Fórum Regional de Meio Ambiente da Unoeste, através de oficinas ofertadas pelo coordenador de Ações Extensivas da Saúde junto a Proext, professor Décio Gomes de Oliveira, para assentados de Teodoro Sampaio e Mirante do Paranapanema, sendo este último município o que concentra maior número de assentamento e assentados do Brasil.
A implantação da ideia da rede, incluindo o seu encaminhamento, obteve a parceria do programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), através da então secretária estadual e professora da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), doutora Marly Teresinha Pereira. Também entrou como instituição parceira a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com sede no Rio de Janeiro, na pessoa de Glauco de Kruse Villas Bôas, na condição de coordenador do Núcleo de Gestão em Biodiversidade e Saúde (NGBS).
O gerenciamento da Rede Fito Mata Atlântica do Pontal compete a um comitê gestor composto por representantes dos vários seguimentos envolvidos, cabendo a gestão financeira a um Fundo Municipal. Sua concepção compreende produção agrícola, indústria, laboratório, farmácia, instituições financeiras, políticas públicas e sociais, formação profissional, pesquisa e desenvolvimento, entre outras necessidades para compor a articulação regional, inicialmente envolvendo os municípios de Mirante do Paranapanema, Teodoro Sampaio, Narandiba, Euclides da Cunha Paulista, Rosana, Presidente Bernardes, Alfredo Marcondes e Tarabai.
Conforme Cidinha Martines, a consolidação da rede deverá ocorrer durante o V Fórum Regional de Meio Ambiente, no dia 25 de outubro deste ano, quando da realização do X Encontro Anual de Extensão (Enaext) que é parte do Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão da Unoeste, o Enepe. “Pode ser que em agosto a gente volte a se reunir, para tratar de mais alguns detalhes”, estimou a coordenadora de ações extensivas gerais que na reunião esteve acompanhada de dois outros coordenadores junto a Proext, os da área de saúde, Décio Gomes de Oliveira e Rosangela Cristóvão Ferreira.
Também participaram Fernando César de Carvalho, Jaqueline Fernanda Ribas Branco, Maria Yolanda Freitas, Sandra Mara Souto, Aparecida de Jesus Rosa, Carlos Eduardo Reis, Antonio Carlos Rossi, Ivani Aparecida Pereira, Aparecido Donizete Pacheco, Telma Reginato Martins, Ana Cristina Messas, Celso Paulino Miranda, Flávio Kuwahara, Tassiane Ayumi Nishimura e Cristiane de Oliveira Torres, profissionais de diferentes áreas e órgãos públicos; além de Graziella Plaça Orosco de Souza que elegeu a rede como tema de pesquisa para o Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste