Professora troca experiências com legista de Michael Jackson
Em São Paulo, Rita Higa participa de palestra com Lakshmanan Sathyavagiswaran


Há três anos começava um dos casos mais emblemáticos envolvendo a morte de um grande artista. Mistério, polêmica e surpresa surgiram em todo o mundo quando os noticiários informaram que Michael Jackson havia dado o último suspiro no famoso rancho de Neverland. O médico legista Lakshmanan Sathyavagiswaran, responsável por desvendar a causa da morte do astro pop, contou detalhes do episódio em um evento em que a coordenadora da mesa dessa palestra foi Rita de Cássia Bomfim Leitão Higa, professora doutora na disciplina de Toxicologia no curso de Medicina da Unoeste.
Além de solucionar os motivos que fizeram Jackson morrer precocemente, Sathyavagiswaran fez a autópsia da cantora Whitney Houston e foi testemunha no caso do ex-jogador de futebol americano O.J. Simpson, acusado de ter matado a ex-mulher e um amigo dela. “O mais importante é que o perito trabalha para a comunidade e dá respostas a uma família que está em um momento de dor e sofrimento. Então, quando resolve casos como esses e dá essas respostas não há dinheiro que pague”, aponta Rita.
Ela ainda diz que o médico deixou claro que o profissional tem que se preparar para enfrentar situações não esperadas e de grande repercussão, como o caso de Jackson. “Lidamos, muitas vezes, com pressão da mídia e por respostas. Nesse contexto tem que ter planejamento e preparação”. Mesmo diante de condições adversas, o médico deve permanecer calmo para executar o trabalho da melhor forma possível. “Todo perito tem em mente que precisa manter a discrição, preservar a vítima e a família dela”.
A médica legista do Centro de Exames, Análises e Pesquisas (Ceap) do Instituto Médico Legal (IML) de Presidente Prudente fala que Sathyavagiswaran também contou mais vivências na função de médico chefe do condado de Los Angeles (Califórnia, Estados Unidos). “No nosso dia a dia, temos nossas pressões ao responder casos e sabemos que um perito de outro país tem as mesmas experiências que nós, talvez de uma forma diferente”, pontua Rita.
A docente da Unoeste e Sathyavagiswaran se encontraram no I Congresso Paulista de Medicina Legal e Perícias Médicas e Simpósio Internacional da Associação de Médicas Legistas do Estado de São Paulo, que reuniu 700 profissionais em São Paulo. Ao término da palestra, o legista agradeceu a colaboração de Rita e a presenteou.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste