Zootecnia desenvolve estudo de melhoramento genético
Pesquisa relacionada à produção de embriões bovinos in vitro pode contribuir na obtenção de animais geneticamente superiores


Segundo dados divulgados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) – Recursos Genéticos e Biotecnologia, atualmente, o Brasil é o maior produtor de embriões bovinos in vitro no mundo, o que representa mais de 80% do mercado mundial. A produção in vitro (PIV) é uma biotecnologia utilizada principalmente na produção de animais geneticamente superiores.
O curso de Zootecnia da Unoeste realiza a pesquisa “Efeitos do meio sobre a qualidade da maturação de oócitos bovinos obtidos de abatedouro”. Inédito nesta graduação, o estudo é desenvolvido pelo acadêmico do 7º termo, Élcio Ricardo José de Souza, em seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), sob a orientação da docente Sheila Merlo Garcia Firetti.
De acordo com a professora, a produção in vitro de embriões bovinos envolve as etapas de maturação, fecundação e cultivo. “O nosso foco principal se encontra na fase de maturação. Pretendemos melhorar a eficiência desta etapa testando três meios com antioxidantes”.
Sobre a realização do estudo, ela discorre que os ovários são coletados em um abatedouro de Presidente Prudente (SP) e trazidos em condições ideais de temperatura, para o laboratório de PIV, localizado no Biotério 2, do campus II da universidade, instalação cedida pelo Programa de Mestrado em Ciência Animal. “Após o procedimento inicial, realizamos a aspiração dos ovários, para recuperação dos oócitos. Depois, estes são classificados e colocados em estufa para maturar, tornando o oócito apto à fecundação. Os resultados verificados podem contribuir com os laboratórios que desenvolvem a produção in vitro, com fins comerciais, aumentando os índices de produção de embriões e, consequentemente, melhorando o desempenho reprodutivo do rebanho”.
Souza declara que a pesquisa é uma oportunidade de ampliar o embasamento, por meio de um aprendizado diferenciado. “Também é uma forma de conhecer um campo de atuação do zootecnista, que é o de melhoramento genético. Outro ponto relevante é que os resultados finais podem ser divulgados em publicações cientificas, colaborando assim com o aumento da eficiência da técnica de PIV”, conclui.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste