Evento científico aprimora conhecimento e currículo médico

Desenvolvimento de pesquisas e participação em eventos científicos são alguns dos requisitos para formação acadêmica plena. Além de ampliar conhecimentos dos estudantes, contribuem também para o currículo profissional. Os cursos de graduação da Unoeste estimulam os alunos, desde os primeiros termos, a se envolverem em estudos mais aprofundados. Na última semana, o estudante do 3º termo de Medicina, Giovani Arthur Barros Russo, apresentou um trabalho, em formato de painel, no 12º Congresso Brasileiro de Medicina da Família e Comunidade, que ocorreu em Belém do Pará, no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia.

O evento contou com minicursos, mesas redondas, oficinas e atividades culturais. “Construção do mapa de risco numa ESF de Presidente Prudente, SP” foi o tema da investigação apresentada por Russo, que foi desenvolvida juntamente com as alunas Gláucia Dellaqua Crepaldi e Adrielle Andrade Pugas, com orientação do professor doutor Alex Wander Nenartavis, um dos coordenadores do Programa de Aproximação Progressiva à Prática (Papp).

Russo conta que a ideia para o trabalho surgiu a partir de uma aula no Papp II sobre Escala de Risco Familiar. “A teoria dizia que essa escala classificava as famílias inseridas na Estratégia Saúde da Família (ESF), de acordo com sua maior ou menor vulnerabilidade. Ficamos interessados pelo tema e pensamos em aplicá-la na ESF Jardim Regina, uma vez que essa unidade tinha iniciado suas atividades no segundo semestre de 2012”, explica. Conforme o estudante, o Dr. Nenartavis os motivou a seguir com o trabalho, e também os encorajou para cadastrá-lo no congresso.

Segundo ele, o trabalho foi desenvolvido em seis meses e decorreu de visitas à ESF do Jardim Regina, onde foram classificadas todas as famílias nela cadastradas, possibilitando montar um mapa de risco, de acordo com a Escala de Risco Familiar. Sobre o congresso em Belém, Russo revela que a experiência foi gratificante. “Pude interagir com outros acadêmicos e profissionais da saúde do Brasil inteiro”. Ele também lembra que a experiência num congresso nacional fará parte do currículo de todos os envolvidos na pesquisa.

Nenartavis pontua que a construção de mapas de risco é muito valorizada na Atenção Básica em Saúde, “pois, por meio da territorialização conseguimos descobrir quais famílias da área de abrangência da ESF estão mais vulneráveis para adoecer e morrer”. Segundo ele, os estudantes do Papp recebem informações em saúde vinculadas à realidade biopsicossocial do município de Presidente Prudente.

Em relação à participação em eventos científicos, o coordenador pontua que integra o currículo informal, que conta com atividades extracurriculares, disponibilizando oportunidades para que ocorra a busca pelo saber de maneira espontânea. “Por meio do aprimoramento do currículo informal, os estudantes do curso de Medicina da Unoeste agregam habilidades e práticas que contribuem para a humanização do cuidado com o usuário do Sistema Único de Saúde (SUS), trabalhando em conjunto com as equipes das ESFs, buscando melhorias na região e no país”.