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Aguapé tem bons resultados na descontaminação de esgoto

Maior eficiência ocorre com aplicação da técnica no efluente bruto em relação à água em diferentes proporções


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Foto: Homéro Ferreira Aguapé tem bons resultados na descontaminação de esgoto
Thadeu Spósito durante as arguições
Foto: Homéro Ferreira Aguapé tem bons resultados na descontaminação de esgoto
Banca avaliadora: Creste, Santos e Grassi Filho
Foto: Homéro Ferreira Aguapé tem bons resultados na descontaminação de esgoto
Spósito com os doutores Santos, Grassi Filho e Creste


Muito utilizada nos Estados Unidos e na Austrália, a técnica de descontaminação de esgoto com espécies vegetais é pouco difundida no Brasil. Fato que motivou o engenheiro agrônomo Thadeu Henrique Novais Spósito a desenvolver experimentos com aguapé em efluente doméstico bruto e também com a aplicação de água pura em diferentes proporções. Os melhores resultados foram o efluente 100% e o com maior volume (75%) em relação à adição de água.

No mestrado em Agronomia, junto à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste, a pesquisa consistiu de cinco experimentos: 1- água pura, 2- 25% de água e 75% de efluente, 3- meio a meio, 4- 75% de efluente e 25% de água e 5- 100% de efluente bruto. Foram aplicadas 25 repetições, respeitando em cada uma o ciclo de vida da planta, que é de 28 dias e que foi cultivada em caixas de 320 litros. As coletas de efluentes ocorreram semanalmente para examinar os teores de nutrientes.

Conforme Spósito, as raízes absorvem os materiais poluentes e promovem o polimento de água. Há uma redução drástica de sujeiras e para avaliar os índices são sugeridas outras pesquisas. “O que fizemos foi um primeiro passo ou até mesmo podemos dizer que estamos engatinhando”, comenta o pesquisador aprovado para receber o título de mestre em Agronomia e que pretende ingressar no doutorado no ano que vem, quando deverá avançar nos estudos do aguapé como despoluente.

Além de constatar a eficiência do tratamento natural de esgoto, os experimentos proporcionaram uma descoberta no mínimo interessante em relação à concentração de sódio (sal de cozinha). “A planta precisa de potássio, mas diante da maior concentração de sódio, houve a troca de absorção. Não tinha como retirar o sódio, mas a planta fez isso”, comentou Spósito e explicou que para dar resultados é preciso trocar o aguapé a cada 28 dias, caso contrário também será elemento poluidor, após seu ciclo de vida.

Apresentados em banca de defesa pública da dissertação, nesta sexta-feira (9), os estudos suscitaram amplo debate entre o autor, orientador e componentes de banca de avaliação. Ao final, Spósito recebeu os cumprimentos dos avaliadores doutores José Eduardo Creste, pró-reitor Acadêmico da Unoeste, e Hélio Grassi Filho, pesquisador da Unesp, no campus de Botucatu. Também foi saudado pelo orientador, Dr. Carlos Henrique dos Santos, em decorrência do empenho nos experimentos e da qualidade da pesquisa.

“A sociedade precisa disso, da planta ajudando a limpar aquilo que sujamos”, disse Creste para enaltecer o estudo no qual Spósito e Santos ressaltaram a importância dos vários envolvidos, incluindo alunos de graduação e em iniciação científica da Engenharia Ambiental e da Agronomia, a contribuição da Sabesp, o apoio da Unoeste e de técnicos dos laboratórios da universidade: os de Solo, de Tecidos Vegetais e de Análise de Água.

Santos comentou que a Unoeste tem ocupado posição de vanguarda no Ensino, na Pesquisa e na Extensão, atenta inclusive para graves problemas globais como tratamento de esgoto e tratamento de água, ambos associados ao controle de doenças relacionadas a esses dois fatores que também influenciam na qualidade de produção de alimentos, que precisam de água sem contaminação. Spósito fez a graduação na Unoeste, onde atualmente leciona e também dá aulas no Colégio Agrícola.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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