Hormônio do crescimento e exercícios provocam perda de peso
Experimento realizado no mestrado em Ciência Animal faz parte de projeto multicêntrico e multidisciplinar



Junto ao Mestrado em Ciência Animal da Unoeste é desenvolvimento experimento multicêntrico, multidisciplinar e interinstitucional. O projeto com cinco centros alimenta quatro dissertações na própria universidade, onde também está inserida a graduação mediante iniciação científica na Medicina Veterinária, e uma tese no curso de Fisioterapia do campus da Unesp de Presidente Prudente. O segundo de quatro mestrados é concluído nesta segunda-feira (30) pelo médico veterinário e professor universitário Ângelo Ricardo Garcia, com pesquisa que apresenta significativa perda de peso em ratos Wister após um mês com aplicações do Hormônio do Crescimento (conhecido pela sigla GH, do inglês Growth Hormone) associadas a atividades físicas.
A orientadora de Garcia, a médica veterinária doutora Inês Cristina Giometti, conta que a pesquisa, resultante em dissertação com defesa pública neste início de semana, leva em consideração que o GH é utilizado por algumas pessoas de forma indiscriminada em academias, sem prescrição médica. “Assim, o objetivo do estudo foi verificar o que aconteceria com o uso de GH e atividade física anaeróbica em ratos machos Wister, como modelo experimental para humanos”, ponta Inês para dizer que não houve alteração bioquímica nos animais e que ocorreu a perda de gordura retroabdominal, com a constatação por medida de circunferência.
Foram utilizados 40 ratos com nove meses de idade, divididos em quatro grupos de dez. Um único grupo recebeu GH e atividade física. O grupo controle, sem administração e nem atividade. Outro com apenas a aplicação de GH, que apresentou maior crescimento. Também teve o grupo somente com atividade. Todos com água a razão à vontade. As administrações de GH, com dosagem específica ocorreram a cada dois dias, durante 30 dias, assim como a atividade física. Os animais receberam colete com a metade do peso de cada um e foram submetidos a quatro séries de dez saltos, com intervalo de um minuto.
Saltos realizados em tubos de PVC, com 25 cm de diâmetro e 38 cm de profundidade, com água. Dentro, os ratos precisavam saltar para respirar. Completados 30 dias, foram mensurados a bioquímica sérica, o peso dos animais, peso dos órgãos, comprimento e circunferência abdominal. As variáveis foram submetidas ao teste de análise de variância Anova, seguindo-se o teste de Tukey. “Foi observada diminuição significativa no peso de gordura retroabdominal nos animais que receberam hormônio do crescimento e praticaram atividade física”, pontua Garcia.
Graduado em Medicina Veterinária e Ciências Biológicas pela Unoeste, mestre em Zootecnia pela Unesp em Ilha Solteira (SP), Garcia leciona na Fundação Gammon de Ensino, em Paraguaçu Paulista (SP). Agora, também é mestre em Ciência Animal, com a outorga do certificado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste. A avaliação de seus estudos foi feita pela banca examinadora composta pela orientadora e os doutores Marcelo George Mungai Chacur e Andrey Borges Teixeira, membro externo, convidado junto às Faculdades Adamantinenses Integradas.
No mesmo experimento, são concluídos assim os dois estudos orientados por Inês, sendo que outros dois estão em andamento, com orientações respectivas das doutoras Cecília Braga Laposy e Francis Lopes Pacagnelli, enquanto o estudo de doutorado é conduzido pelo doutor José Carlos Silva Camargo Filho, do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Fisioterapia, da Unesp local. “É um experimento que permitiu aproveitar o máximo de apenas dois grupos animais, 40 machos e 40 fêmeas, durante as pesquisas no Biotério Central da Unoeste”, explica Inês.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste