Ardor missionário impulsiona estudante que vai para os EUA
Jovem estudioso que dá aulas aos colegas, coordena grupo de oração e no intercâmbio pretende evangelizar

Empenhado nos estudos e comprometido com o cristianismo, Bruno Peruqui Guidio tem em seus 20 anos de vida uma história de quem só pode se dar muito bem, pessoal e profissionalmente. O excelente desempenho no ensino fundamental possibilitou que fosse bolsista no ensino médio. Pelo mesmo motivo, também é bolsista no ensino superior. Faz Engenharia Civil na Unoeste e diz ter feito a escolha certa, depois de ter sido aprovado em duas universidades públicas: Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Universidade de São Paulo (USP). Desde já se encaminha para a atuação docente, ao dar aulas aos colegas. Entende ser impulsionado pelo ardor missionário, como coordenador do grupo da oração na capela do campus II. Agora, segue para intercâmbio em Atlanta nos Estados Unidos, onde se possível, pretende encontrar um meio de evangelizar.
“A fé tem me ajudado muito, em todas as situações, inclusive quando optei pela Unoeste e decidi ficar em Presidente Prudente. Recebi muito apoio dos meus colegas do grupo de jovens da Paróquia Santo Antônio [jardim Paulista], enquanto alguns colegas de escola me questionaram por não ter ido para a Engenharia Civil na Unesp em Ilha Solteira (SP) e nem para a Engenharia da Produção na USP. Eu também tinha a ideia de que as universidades públicas são as melhores. Mesmo assim, tomei a decisão correta. A fé me ajudou muito na decisão de ficar, ainda que a escolha tem sido por ouvir falar bem da Unoeste e por uma questão familiar, a de permanecer com meus pais e meu irmão mais novo”, conta Guidio que elogia a qualidade de ensino da Unoeste, a estrutura e o relacionamento humanístico entre estudantes e professores.
A facilidade com números e em fazer contas consistiu em parte a vocação pela engenharia civil. Outra parte é por ser algo que vem de família. O pai Jair Guidio, atualmente aposentado como representante comercial, sempre gostou de construção. A mãe Ivanilde Lima trabalhou num escritório de engenharia. O tio Vanderlei de Lima é mestre de obras. O tio Valdemir de Lima é construtor. Quando estiver formado, a preferência do aplicado estudante será em dar aulas. Um sonho que alimenta desde a infância. Se for para um escritório, será para trabalhar com cálculo estrutural. Se for para o serviço externo, pretende trabalhar na área de construção de rodovias. Porém, a vocação em lecionar já exercitada no ambiente universitário, com aulas de reforço para os colegas de todos os termos pelos quais passou.
Polivalente, ensina para os amigos matérias de várias disciplinas, a exemplo de cálculo, estruturas, hidráulica e geometria analítica. Até o quinto termo, no encerramento do último semestre, fechou todas as notas, em todas as disciplinas, sem nunca ter ficado para exame. Mantém um histórico de bom desempenho. Ao fazer o ensino fundamental na Escola Estadual Professor Hugo Miele, por indicação da professora de língua portuguesa Ana Helena Império Simões recebeu do colégio Anglo 100% de bolsa. Honrou o benefício recebido e apresentou rendimento superior a 70% no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que lhe garantiu bolsa do Programa Universidade para Todos (Prouni), na condição de ter sido 100% bolsista no colegial. Seu único irmão, Leandro, também está no Anglo, nas mesmas condições.
Bruno Peruqui Guidio é tranquilo, fala com sabedoria e manifesta maturidade em saber o que quer. Uma de suas metas é fazer diferença na Engenharia Civil da Unoeste, onde manifestou interesse pela iniciação científica, obteve o apoio de professores e a parceria da colega de turma, Paloma Montecino Nunes. Estão na fase final da pesquisa que aplica isopor em pérolas em substituição a parte da brita no concreto, orientados pelos professores Cássio Fabian Sarquis de Campos e Daniele Araújo Altran. Conseguiram substituir até 15%, mantendo boa resistência e diminuindo o peso. O resultado trabalho será apresentado no Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão (Enepe 2014), realizado pela Unoeste de 20 a 23 de outubro.
Estudioso, desde o terceiro ano do ensino médio é aluno da Cultura Inglesa, também na condição de bolsista. Toca violão no estilo clássico, com aulas a partir dos dez anos de idade, no então conservatório municipal que hoje é a Escola Municipal de Artes Professora Jupira Cunha Marcondes e no conservatório Maestro Julião. Na igreja integra o ministério de música, toca e canta nas celebrações. Nos últimos dois anos tem coordenado o Grupo de Oração Universitário (GOU) na capela Nossa Senhora Aparecida, com encontros de universitários todas às quartas-feiras nos intervalos das aulas pela manhã, das 9h10 às 9h30. A viagem para o intercâmbio patrocinado pelo Ciência sem Fronteiras (CsF) será no dia 14 de agosto, com aulas de inglês a partir do dia 19 e até o final do ano.
Juntamente com sua colega Paloma, permanecerá durante 2015 em Atlanta, no Georgia Institute of Technology (Instituto de Tecnologia da Geórgia), pertencente à Universidade do Estado da Geórgia. O estímulo para que se inscrevesse no programa do governo federal surgiu do assessor para relações interinstitucionais da Unoeste, doutor Antonio Fluminhan Júnior, quando o estudante participou da seleção da Bolsa Fórmula Santander, ficando entre os oito finalistas selecionados para disputar uma vaga. “Durante a minha entrevista, ouvi do doutor Fluminhan: Você tem plenas condições de tentar o Ciência sem Fronteiras”, conta Guidio que por sua vez estimulou a colega de turma a se inscrever.
No curso de Engenharia Civil, a carta de recomendação foi dada pelos professores orientadores da iniciação científica, juntamente com a professora Eliana Ederle Dias Chaves. Os documentos foram assinados pelo coordenador Amaro dos Santos. “O bom em nosso curso é que não temos no corpo docente somente professores, mas amigos. A gente conversa de tudo que é interessante ao nosso futuro profissional e até para nossas vidas, sempre com muita facilidade”, comenta o jovem que recebe todo apoio familiar para viver sua primeira experiência internacional. Manifesta o pensamento de que o estudante deve ter compromisso consigo mesmo e tudo de bom acontece. Como pretende lecionar, Guidio se espelha em Filipe Bittencourt Figueiredo, que foi um bom aluno e hoje é professor.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste