Estudo avalia hormônio de crescimento no treinamento físico
Inserido numa série de três estudos, pesquisa mostrou não haver alterações em relação aos índices propostos



No Programa de Mestrado em Ciência Animal, ofertado pela Unoeste junto à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação, a médica pediatra Yoná de Fátima Murad Cursino de Moura desenvolveu a pesquisa “Efeito da Administração de Hormônio do Crescimento Associado ao Treinamento Físico nos Parâmetros Hematológicos de Ratos Wistar”. Como parte de uma série de três estudos, constatou não existir alterações em relação aos índices propostos. Assim, o resultado vale como parâmetro para outras pesquisas.
O objetivo foi verificar as alterações hematológicas decorrentes do uso do hormônio do crescimento recombinante humano (rhGH), associado ou não ao treinamento físico. Utilizou-se 80 ratos da linhagem Wistar, peso médio de 211,8g que foram distribuídos aleatoriamente em quatro grupos: CT (grupo controle sem treinamento físico e sem administração de rhGH), GH (grupo sem treinamento físico e com rhGH), TR (grupo com treinamento físico e sem rhGH) e TRGH (grupo com treinamento físico e com rhGH).
Os animais dos grupos GH e TRGH receberam 0,2 UI/kg de rhGH por via subcutânea a cada dois dias durante o período de 30 dias. O treinamento físico foi realizado por meio de protocolo de salto composto de quatro séries de dez saltos, com sobrecarga de 50% do peso corpóreo, durante três dias na semana, em um recipiente cilíndrico com 38 cm de água aquecida (30º) em seu interior. Ao final de quatro semanas, os animais foram pesados, anestesiados e então passaram pela realização do hemograma. Foram avaliados os seguintes parâmetros: número de eritrócitos, hemoglobina, hematócrito, volume corpuscular médio, concentração de hemoglobina corpuscular média, RDW (Red Cell Distribution Width) e contagem de leucócitos totais.
As variáveis do eritrograma não sofreram alterações com o treinamento físico e/ou suplementação hormonal. Em todos os grupos, os valores de RDW permaneceram inalterados. A contagem de leucócitos dos animais que fizeram treinamento físico e foram suplementados com hormônio foi maior quando comparados aos sedentários. Conclui-se que a administração do rhGH na dose de 0,2 UI/kg associado ao treinamento físico induziu a leucocitose, porém não influenciou os parâmetros da série vermelha tanto em animais sedentários quanto ativos. Não foi possível, a partir destas variáveis, detectar o doping pelo uso de rhGH.
Orientada pela doutora Cecília Braga Laposy, Yoná teve sua dissertação avaliada pelos doutores Hermann Bremer Neto e Regina Kiomi Takahira, na condição de membro externo da banca examinadora, convidada junto à Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Unesp de Botucatu. Ao fazer a defesa pública na quinta-feira (26), foi aprovada para receber o título de mestre em Ciência Animal.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste