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Professor exerce papel preponderante na educação inclusiva

Pesquisadora canadense diz que em seu país os resultados efetivos estão associados ao trabalho do educador


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Foto: Homéro Ferreira Professor exerce papel preponderante na educação inclusiva
Conferência de abertura pela pesquisadora canadense Harriet Petrakos

A prática da educação inclusiva no Canadá apresenta alguns aspectos bem parecidos com o que ocorre no Brasil, a exemplo do professor exercer um papel preponderante. Ao abrir o 1º Congresso Internacional de Educação da Unoeste, na noite desta quarta-feira (18), a pesquisadora canadense Harriet Petrakos contou que em seu país os resultados efetivos estão associados ao bom professor, mesmo diante da falta de recursos adequados para trabalhar. Afirmou que tem escola com recursos, mas sem eficácia. O que ocorre por falta de professor comprometido, mas também por outras razões que passam pelo desinteresse da família do aluno com algum tipo de deficiência e pela falta de trabalho em equipe na escola.

Disse que quando os professores entendem e aceitam as deficiências, os próprios alunos passam a aceitar a inclusão. “Os professores têm o papel social de desenvolver ambientes adequados. São eles que estabelecem o tom da aceitação da inclusão. Os alunos percebem quando os professores não aceitam as diferenças. Os professores são os modelos para a inclusão”, pontuou a conferencista e fez um contraponto: o de que muitas vezes a formação generalista não prepara o professor para trabalhar a educação inclusiva e nem para o desafio do trabalho em equipe. Afirmou ainda que com o apoio dos pais a aprendizagem é muito mais eficaz. Porém, existem pais que questionam as presenças de alunos com deficiências nas mesmas salas que as de seus filhos.

Na conferência foram expostos os desafios e as práticas positivas da inclusão social e questões da diversidade na educação canadense. A psicóloga, mestre em educação e PhD em psicologia da educação contou que no Canadá as mudanças começaram nos anos 70 e ganharam corpo nos anos 90, quando todas as crianças passaram a ser incluídas nas escolas públicas, exceto quando às escolas não tinham como atender suas necessidades. A Carta Canadense dos Direitos e da Liberdade, promulgada em 1982, assegura que cada indivíduo é igual perante e sobre a lei, sem qualquer discriminação. Assim, a inclusão educacional é um processo para todos, não importando a diversidade.

Mais recentemente, no ano 2000, o Ministério da Educação do Canadá adotou uma política especial, que estabelece prevenção e interação precoce, no sentido de criar um ambiente que possa conduzir à aprendizagem. A inclusão trata de vários casos, como os de alunos que foram negligenciados ou abusados; que usam álcool ou drogas; adolescentes grávidas ou mães; os que falam a língua minoritária; com problemas com a justiça; com alguma dificuldade intelectual; problemas sensoriais; dificuldade motora; e vários outros problemas que requerem atenção especial para que possam se sentir incluídos. Aos professores são disponibilizados treinamentos para trabalharem a inclusão.

Harriet foi objetiva em sua fala e ao final recebeu questionamentos da plateia formada, em sua maioria, por profissionais da área da educação. A abertura do evento, que acontece de quarta (18) a sexta-feira (20) desta semana, no auditório Azaleia foi feita oficialmente pela coordenadora do Programa de Mestrado em Educação, Dra. Camélia Santina Murgo representando o pró-reitor Dr. Adilson Eduardo Guelfi, que se encontra no 31º Encontro Nacional de Pró-reitores de Pesquisa e Pós-graduação, em Goiás. Sua fala foi de agradecimento a todos os envolvidos junto ao colegiado do programa para realização do evento, classificado por ela como um passo importante ao aprimoramento da pesquisa em educação na Unoeste.

Na condição de coordenador do evento e em nome da comissão organizadora, formada por membros do colegiado do programa, o Dr. Marcos Vinícius Francisco, anunciou que o congresso recebeu cerca de 300 inscritos, com quase 100 trabalhos submetidos à avaliação de uma comissão científica interinstitucional.  O Dr. Alex Sandro Gomes Pessoa fez a apresentação da conferencista e atuou como mediador. A tradução foi feita pela aluna do mestrado em Educação, Carmen Silvia Lima Fluminhan; e a interpretação para a Língua Brasileira de Sinais (Libras) coube à professora do programa Dra. Daniele dos Santos Nascimento. Na composição da mesa, o corpo docente esteve representado pela Dra. Raimunda Abou Gebran. 

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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