CAMPUS:
0800 771 5533
Área do Egresso Aprender Unoeste
Você está em: Notícias

Estudo procura otimizar a obtenção de células transgênicas

Experimentos são sobre qual a substância e a dose ideal para selecionar plantas e para maximizar a produção


email facebook twitter whatsapp Linkedin

Foto: João Paulo Barbosa Estudo procura otimizar a obtenção de células transgênicas
Alyne Pereira: aprovada para obter o título de mestre em Agronomia
Foto: João Paulo Barbosa Estudo procura otimizar a obtenção de células transgênicas
Banca examinadora: doutores Machado Neto, Alessandra e Sandra
Foto: João Paulo Barbosa Estudo procura otimizar a obtenção de células transgênicas
Alyne com os doutores Alessandra, Sandra e Machado Neto

Em estudo científico desenvolvido junto ao Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Agronomia, vinculado à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste, a bióloga Alyne Valéria Carrion Pereira buscou estabelecer a concentração ideal de agentes seletivos para restrição do crescimento in vitro de calos e otimização da embriogênese somática em Urochloa brizantha, popularmente conhecida como brachiaria, cultivar Marandu. Ao final da pesquisa foram possíveis algumas informações, de tal forma que o trabalho realizado fornece dados para escolha adequada das concentrações de agentes seletivos e de substâncias para os estabelecimentos de protocolos de transformação e otimização da embriogênese somática do brizantão ou braquiarão, como também é conhecido o cultivar Marandu. O estudo considerou o fato de ainda não existir plantas transgênicas dessa espécie.

A dissertação produzida com o resultado da pesquisa, orientada pela Dra. Alessandra Ferreira Ribas, levou em conta o fato de a Marandu ser o cultivar mais plantado do Brasil, em área estimada de 172,3 milhões de hectares. Em seu estudo, voltado para o melhoramento genético, levou em conta o relevante papel na economia do país, no qual a pecuária está sustentada, fundamentalmente, na pastagem nativa ou cultivada, como principal fonte de alimento para o rebanho bovino, representando um dos recursos alimentares mais econômicos para a produção animal. A defesa pública da dissertação foi feita na tarde desta segunda-feira (14), quando explicou que a braquiária ainda é considerada recalcitrante para a cultura in vitro e não se encontra na literatura métodos eficientes de cultura de tecidos associados com sistema de transformação genética.

“Até o momento poucos trabalhos foram publicados acerca do sistema de regeneração e transformação das espécies de Urochloa. Um dos primeiros passos visando a obtenção de plantas transgênicas é o estabelecimento do agente de seleção e concentração apropriados para selecionar células transformadas in vitro. Nesse trabalho foi determinada a concentração ideal de quatro agentes seletivos – canamicina, higromicina, fosfitrocina e manose – para restringir o crescimento in vitro de calos de Uruchloa brizantha cultivar Marandu”, disse a autora do estudo para, em seguida, oferecer informações técnicas sobre os dois experimentos que realizou, com o objetivo de otimizar o processo de obtenção de células modificadas geneticamente. Um para saber qual a substância e a dose ideal para selecionar plantas transgênicas e outro sobre as condições para maximizar a produção de plantas.

“Foi observado que 30 gramas/litro de maltose no lugar da sacarose em meio de indução de embriogênese propiciaram um aumento no número total de plantas regeneradas de braquiária. A adição de prolina em qualquer das concentrações testadas aumentou o número de plantas regeneradas e, assim, recomenda-se a adição de 100 miligramas por litro aos meios MIC [Concentração Inibitória Mínima]. Quando adicionado AzaC no meio da cultura, houve a inibição da formação de calos das sementes e de Uruchloa brizantha. No entanto, quando foi feito pulso com 100 µM de AzaC e feita a inoculação das sementes no meio MIC suplementado com picloram, houve até 5 vezes mais plantas regeneradas comparadas às concentrações de AzaC”, pontuou a bióloga sobre resultados do estudo científico na área de biotecnologia.

Juntamente com a orientadora Dra. Alessandra Ferreira Ribas, a banca examinadora contou com os doutores Nelson Barbosa Machado Neto e Sandra Bellodi Cação, convidada junto à Tropical Melhoramento e Genética, de Londrina (PR). Feita a defesa pública da dissertação resultante do estudo, com as etapas de apresentação e de arguição, Alyne foi aprovada para receber o título de mestre em Agronomia, outorgado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste. O trabalho foi elogiado pelos avaliadores, que parabenizaram a autora e a orientadora.   

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

Alguma mensagem