Pós em cirurgia animal contribui com a castração humanitária
Aula prática recebe cães e gatos enviados por proprietários estimulados por instituições protetoras de animais



Médicos veterinários são envolvidos em aula prática de pós-graduação para castração humanitária de animais, promovida pela especialização Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais, ofertada pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste. Durante o sábado (12), no Laboratório de Técnicas Cirúrgicas, foram castrados 12 cães e 30 gatos de ambos os sexos. Os proprietários foram estimulados por duas instituições protetoras de animais: Pastoral dos Agentes Protetores de Animais, vinculada à Paróquia Nossa Senhora do Carmo em Presidente Prudente, e Associação Protetora de Cães e Gatos de Pirapozinho, mais conhecida como SOS Animais.
Lúcia Grandizoli, moradora da Vila Iti, levou seis gatas. Estava acompanhada de seu genro, Daniel Bonfim. Enquanto ela assistia as cirurgias, do lado fora ele contava que todas as gatas foram pegas na rua. Tomaram conhecimento da castração humanitária por meio da pastoral. A decisão pelas cirurgias decorreu da preocupação de evitar novas crias e proporcionar aos animais mais qualidade de vida, sem a necessidade de tomar remédio para evitar a prenhes. “Quando tiveram crias, a gente acabou doando, mas a gente sabe que às vezes as pessoas acabam abandonando o animal, deixando na rua”, comentou Bonfim.
O coordenador da especialização, Dr. Yudney Pereira da Motta, disse que o controle populacional é apenas um dos benefícios, mas existem outros como os de evitar o cão errante e de animais contraindo e transmitindo doenças. No Hospital Veterinário da Unoeste é permanente o trabalho em parceria com as duas instituições e na especialização foi a primeira vez que ocorreu aula prática, conduzida pelo professor especialista em clínica cirúrgica Gabriel Montoro Nicácio, assistido pelos anestesistas Ricardo Zakir e Reinaldo Júnior. Foram tomados todos os cuidados pré-operatórios, com medição de temperatura, controle respiratório e pesagem para definir a dose da anestesia.
Os animais também foram sendo monitorados durante o procedimento. Além dos cuidados clínicos, receberam dos médicos veterinários cuidados afetivos com direito a cafuné e até beijinho. A aluna Érica Silva Pellosi elogiou a iniciativa de aula prática e classificou o curso de especialização como muito bom. “Treinar também é muito bom, inclusive aprender técnicas novas”, pontuou. Montoro contou que elegeu procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos, com cirurgia rápida e recuperação acelerada, fazendo com que os animais passem por menos traumas possíveis.
Motta ofereceu outras explicações de benefícios causados pela castração: nas fêmeas castradas antes do primeiro cio a chance de ter câncer de mama reduz em 99% e os machos ficam mais tranquilos e caseiros, sem brigar por cachorras no cio. Entre os alunos da pós-graduação, esteve o aluno da graduação André Arruda, que ajudou em algumas atividades, como a de pesagem dos animais. Todo material usado nas castrações estavam esterilizados, disponibilizados pela Unoeste, assim como panos, luvas, esparadrapo, gaze, etc.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste