Psicólogo é essencial no tratamento de dependentes químicos


O tratamento de dependentes químicos requer cuidados de uma equipe multidisciplinar. O psicólogo, por exemplo, é um dos profissionais de suma importância nesse processo. Para falar sobre o assunto, a Dra. Flávia Serebrenic Jungerman, coordenadora do serviço de psicologia do grupo de estudos em álcool e drogas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, ministrou minicurso aos estudantes do curso de Psicologia da Unoeste. A atividade ocorreu nessa quarta-feira (29), no campus II da universidade.
O minicurso “Intervenção e Tratamento de Dependentes Químicos: Aspectos Conceituais e Práticos” integrou a vasta programação da 28ª Jornada de Psicologia, que termina nesta quinta-feira (30). A Dra. Flávia também atende pacientes de forma individual, faz mediação e é terapeuta familiar. Falou sobre conceitos importantes, como diagnóstico da dependência química, a etiologia do uso de substâncias, drogas e seus efeitos, além de conceitos básicos sobre o tratamento e as estratégias psicológicas mais utilizadas na dependência química.
“Os psicólogos são profissionais necessários. Está cada vez mais evidente que não existe nenhum tipo de tratamento que não passe pela psicoterapia e pelo atendimento em grupo ou individual”, relata. Segundo ela, existem algumas abordagens já estabelecidas como eficazes para tratar dependentes, entre elas a entrevista motivacional e a prevenção de recaída. “A intervenção motivacional é uma forma acolhedora de receber o paciente e de reconhecer que é uma pessoa ambivalente, pois tem o desejo de mudar e, ao mesmo tempo, de se manter no consumo. Além de trazer um pouco de consciência ao problema e habilitar a pessoa a se reconhecer capaz de fazer a mudança”, finaliza.
Ao todo, a Jornada de Psicologia desenvolveu 15 atividades, entre workshops, oficinas, minicursos, palestras e debates, e contou com a participação total dos estudantes, além de egressos e demais profissionais interessados. Bruna Martins, 21, do 9º termo, afirma que foi uma das melhores jornadas. “Estou no último ano do curso e aproveitei ao máximo, pois foram tratados temas muito importantes. Além disso, tivemos contato com profissionais renomados da área. Sem dúvida, as atividades complementam o aprendizado”, relata a estudante. Ela destaca ainda a oficina realizada nesta quinta-feira sobre Introdução ao Psicodiagnóstico de Rorschach, voltada aos alunos a partir do 8º termo. “É um teste muito complicado e que tivemos a oportunidade de aprimorar os conhecimentos ainda na graduação”.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste